sábado, 10 de março de 2012

Mapa mostra feiras de orgânicos em 22 capitais


Feira de produtos orgânicos, também chamados de agroecológicos, em Recife. Boa pra passear, beliscar, pechinchar e ainda se alimentar de forma mais saudável, sem agrotóxicos. Foto: Jovem Rural

O cultivo de produtos agrícolas orgânicos não pára de crescer no Brasil, especialmente nas regiões Sul e Centro-Oeste. Para o consumidor, no entanto, faltam informações a respeito das vantagens dos orgânicos para a saúde e o meio ambiente, assim como sobre a localização das feiras especializadas, que costumam ser mais baratas do que os supermercados.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor (FNECDC) e um grupo de organizações que apoiam a comercialização agroecológica, realizou um mapeamento das feiras de orgânicos em todo o país, dando destaque não só para sua localização como também os principais alimentos comercializados, o horário de funcionamento e a presença de mecanismos que comprovassem a origem orgânica dos produtos. De acordo com a pesquisa, foram localizadas 140 feiras em 22 das 27 capitais avaliadas.


Veja Feiras de orgânicos em um mapa grande

As cidades campeãs do ranking são Rio de Janeiro, que conta com 25 feiras orgânicas e agroecológicas, seguido por Brasília, com 20 feiras, Recife com 18 e Curitiba, com 16. Numa posição intermediária vem São Paulo, com 8 feiras; e, na leva seguinte, Campo Grande e Fortaleza, com 2; Belém, Aracaju, Manaus, Natal, Porto Velho, Rio Branco e Maceió só contam com uma. Das capitais pesquisadas só Boa Vista, Cuiabá, Macapá, Palmas e São Luís não tinham nem mesmo uma. 

A periodicidade das feiras mapeadas na pesquisa é variável. A maior parte delas (115) é realizada apenas uma vez por semana, durando de 4a 6 horas. A única que funciona diariamente é a Feira Orgânica do Jardim Bonfiglioli, em São Paulo.

Embora a maior parte dos produtos ofertados sejam frutas, legumes e hortaliças, as feiras têm procurado diversificar sua ofertas. Em algumas delas, é possível encontrar cereais orgânicos e até mesmo produtos processados como laticínios, mel, doces caseiros, sucos, pães, bolos, biscoitos, ervas, temperos, frango e carne bovina.

Quem compra em feiras evita intermediários e costuma obter bons preços – o que no caso dos orgânicos faz a maior diferença, já que seu custo costuma ser até 60% maior que o dos similares convencionais, uma vez que a produção demanda um cuidado maior com o solo, a água, a biodiversidade e até com a mão de obra. A variação de preço de feira para supermercado pode chegar a 463%. Além disso, essas feiras incentivam a produção local, apóiam a agricultura sustentável, minimizam os custos com energia e transporte dos alimentos e ajudam o orgânico a se popularizar.

As feiras especializadas estimulam o mercado e também aumentam a segurança de que o produto comprado é mesmo orgânico. Embora os produtos orgânicos vendidos nas feiras não possuam o selo SisOrg, para dar garantias ao consumidor, os agricultores familiares que vendem seus produtos devem estar vinculados a uma organização de controle social (OCS) cadastrada nos órgãos do Governo. A OCS pode ser uma associação, cooperativa ou consórcio de agricultores, que deve ser capaz de zelar pelo cumprimento dos regulamentos da produção orgânica. 


Fonte http://www.oeco.com.br/noticias/25791-mapa-mostra-feiras-de-organicos-em-22-capitais

terça-feira, 6 de março de 2012

Seminário gratuito em Brasília discutirá governança e gestão no terceiro setor

05/03/2012 – O evento acontece no dia 8 de março, na Fundação Universa. Alguns dos temas abordados serão financiamento, desenvolvimento social e governança corporativa em organizações da sociedade civil.

O evento é direcionado a dirigentes, técnicos e colaboradores de Associações e Fundações, ONGs e Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

Durante a abertura do seminário, será realizada a palestra “Intersetorialidade no resgate da dívida social” pela presidente da Confederação Brasileira de Fundações (CEBRAF), Dora Silvia Cunha Bueno. Serão discutidos, ainda, a governança corporativa nas organizações do terceiro setor; o financiamento e desenvolvimento social; perspectivas de financiamento para as organizações sem fins lucrativos; legislação e controle; projetos de lei de interesse das organizações sociais; e modelos e perspectivas de parcerias com o Estado: experiências do direito comparado.

São palestrantes do seminário, além de Dora Silvia Cunha Bueno, da CEBRAF; o presidente da Associação Paulista de Fundações; José Eduardo Sabo Paes, mestre e doutor em Direito e procurador de Justiça do Distrito Federal e Tributário; Manoel Alves, presidente da Federação das Fundações Privadas do Distrito Federal e vice-presidente da CEBRAF; Denise Dora, mestre em Direito Internacional, ex-coordenadora do programa de Direitos Humanos da Fundação Ford no Brasil.

O evento é promovido pela Federação das Fundações Privadas do Distrito Federal (FUNP/DF), com apoio da Federeção das Fundações de Goiás (FUNPEGO), da Confederação Brasileira de Fundações (CEBRAF) e da Fundação Universa, com o patrocínio da Educarbrasil.

A participação no seminário é gratuita. As inscrições devem ser feitas através do e-mail da FUND/DF (funpdf@gmail.com). As vagas são limitadas.

Acesse a programação do seminário no site da Fundação Universa.


Fonte: http://www.idis.org.br/acontece/noticias/seminario-gratuito-em-brasilia-discutira-governanca-e-gestao-no-terceiro-setor/view

É hora de agir, diz Secretário-Geral da Rio+20 em visita ao Brasil

Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Sha Zukang está no Brasil para acertar os últimos detalhes logísticos sobre o evento que deve reunir cerca de 50 mil pessoas em junho. Além de segurança, transporte e acomodação, há detalhes, por exemplo, na área de tecnologia, para realizar uma conferência com uso inteligente de papel (paper smart). “Meus colegas brasileiros estão fazendo um trabalho excelente”, avaliou hoje (06/03), no Rio.

“Será uma conferência de grande significado não apenas para as novas gerações, como para as que ainda virão. É por isso que estou muito feliz que será realizada no Rio, no Brasil. O grande país do qual todos vocês têm motivo para se orgulhar”, declarou.

Ouça a coletiva de hoje na íntegra:

Para Sha, o maior desafio da Rio+20 é a implementação de ações para a economia verde e erradicação da pobreza. “O mundo está se tornando cada vez mais insustentável”, disse. O Secretário-Geral considera que os documentos elaborados em conferências anteriores são “maravilhosos”, mas que continuam só como documentos. “Nosso trabalho não é falar, mas agir. Não percamos mais tempo em conversas, em apenas produzir papéis. É claro que temos de produzir documentos, mas é preciso implementá-los”, afirmou.

A Rio+20 promoverá discussões em sete áreas prioritárias: energia, alimentação e agricultura, emprego e sociedade inclusiva, cidades sustentáveis, água, oceanos e desastres naturais. “São questões complexas que teremos de ver como lidar com cada uma delas”, afirmou.

Até 10 de março, Sha terá encontros no Rio e em Brasília. Estão previstas reuniões com o Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e a do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O Secretário-Geral da Rio+20 também participará de audiência pública no Senado e discursará na abertura da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável.

Confira as fotos do evento:

Em dez anos, grandes metrópoles poderão ter abastecimento crítico. Fórum Mundial debaterá soluções

Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental/Divulgação

Em SP, a represa Billings, um dos maiores e mais importantes reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo, sofre com a grande ocupação urbana

GESTÃO HÍDRICA

Em dez anos, grandes metrópoles poderão ter abastecimento crítico. Fórum Mundial debaterá soluções

Entre 12 e 17/03, na França, representantes de mais de 180 países se reunirão no 6º Fórum Mundial da Água para debater soluções para a gestão hídrica adequada, garantindo água e saneamento básico para todos. Benedito Braga, presidente do Comitê do Fórum e vice-presidente do Conselho Mundial de Água, destaca que o evento é uma grande oportunidade para fomentar o debate sobre o tema no Brasil e, sobretudo, em São Paulo, onde a relação entre oferta e demanda do recurso já é tão crítica que, em dez anos, a população do Estado poderá enfrentar graves problemas de abastecimento

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Débora Spitzcovsky - Edição: Mônica Nunes
Planeta Sustentável - 05/03/2012

{txtalt}Parece uma realidade absurdamente distante para quem, todos

os dias, abre a torneira e obtém, imediatamente, água potável, mas Benedito Braga, presidente do Comitê Internacional do Fórum Mundial da Água* e vice-presidente doConselho Mundial de Água*, alerta: se a população não pressionar e os governos não tomarem medidas urgentes para melhorar a qualidade do abastecimento de água nas grandes metrópoles, em dez anos, cidades como São Paulo, Pequim, na China, Mumbai, na Índia, e Dacar, no Senegal, sofrerão com a falta de água e enfrentarão um regime severo de economia do recurso.


O motivo? "Por conta da urbanização irregular, os rios estão cada vez mais sujos e, consequentemente, os sistemas de abastecimento cada vez mais precários. O limite da relação oferta/demanda de água está no limite e é preciso buscar o recurso em mananciais cada vez mais distantes, onde o m³ de água é cada vez mais caro", explicou Braga, que ainda pontuou: "É ilusão achar que a população vai deixar de crescer e a demanda não mais aumentará. A classe política deve enfrentar o problema agora, com boas obras de abastecimento que devem ser feitas de forma integrada, afinal, as bacias hidrográficas do Brasil não acompanham os limites geográficos do país".

Acompanhar e participar dos debates da 6ª edição do Fórum Mundial da Água pode ser uma excelente oportunidade para governos e sociedade civil vislumbrarem soluções para uma gestão hídrica adequada, que garanta água e saneamento básico para todos os cidadãos. O evento, que acontece entre 12 e 17/03, em Marselha, na França, reunirá representantes de mais de 180 países que debaterão o tema em diferentes formatos. Entre eles:
- Mesas Redondas Ministeriais, que discutirão assuntos-chave relacionados à água com ministros de diversos países. Izabella Teixeira, por exemplo, que é ministra do Meio Ambiente do Brasil, já confirmou sua presença na mesa "Mudanças Climáticas e Mecanismos de Mitigação";
- Triálogos, que reunirão parlamentares, prefeitos e ministros que atuam em uma mesma região para discutir medidas integradas para uma boa gestão da água e
- Encontro Presidencial de Alto Nível, entre os principais líderes mundiais. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, já confirmou presença e a presidente Dilma Rousseff foi convidada a participar da reunião, mas ainda não respondeu ao convite.

As discussões realizadas durante o Fórum resultarão em um documento que será apresentado naRio+20 - Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece em junho, no Rio de Janeiro. "O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assegurou ao nosso Conselho, já em 2010, que a água teria lugar especial nos debates da Rio+20. Isso é excelente, uma vez que a Conferência vai produzir uma declaração legalmente vinculante, enquanto o Fórum serve para fomentar as discussões sobre o tema, mas não tem força de lei", disse Braga.