sábado, 30 de abril de 2011

Primeira escola pública “verde” do país será inaugurada no Rio de Janeiro

Painéis solares, área para reciclagem e reaproveitamento de água da chuva são algumas das muitas características que compõe o projeto da primeira escola sustentável do país, desenvolvido pelos arquitetos da Arktos – Arquitetura Sustentável, Maria José De Mello Gerolimich e Rafael Tavares de Albuquerque. 

Previsto para ser inaugurado no próximo dia 07, o Colégio Estadual Erich Walter, localizado em Santa Cruz na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, foi escolhido para ser o Piloto da Primeira Escola Padrão Verde da América Latina, (UEC Unidade de Ensino Catavento) o primeiro de outros 40 possíveis projetos de escolas verde no país. A obra de Santa Cruz é uma parceria bem sucedida entre a SEEDUC do Rio de Janeiro (Secretaria de Estado de Educação) e a empresa ThyssenKrup CSA. 

Os arquitetos responsáveis pela Escola Padrão contam que desde 2004 vem lutando pela implantação do Projeto Educacional Sustentável. “Sempre focamos nosso trabalho em escolas, pois temos grande afinidade com o assunto e entendemos que não houve grandes investimentos, novidades e aprimoramento no campo da Educação nos últimos 30 anos”, disse a arquiteta e autora do projeto, Maria José. 

Somente agora, em 2011, com incentivo da empresa ThyssenKrup CSA, foi possível promover uma estrutura escolar sustentável e inovadora. Tanto que o Colégio Erich Walter foi indicado pelo próprio Green Building Council Brasil, como estudo de caso, na Feicon 2011, por conta do pioneirismo em Escolas Sustentáveis no país. Esta é a primeira escola a conseguir certificação LEED Schools (sigla em inglês para liderança em energia e design ambiental), própria para escolas com projeto sustentável. Para ter uma ideia, apenas 120 escolas no mundo obtiveram essa certificação. Dessas, 118 ficam nos EUA, 1 na Noruega e outra em Bali. 

“Com essa Certificação Internacional, todo o Mundo dá credibilidade e veracidade para as informações, ações, equipamentos, tecnologias e dados de eficiência a que foram propostos, pois fomos mensalmente monitorados por um consultor LEDD AP habilitado, devidamente documentado com fotos, dados técnicos e plantas e, após a conclusão da obra, ainda seremos monitorados para a avaliação dos resultados”, explicou a arquiteta. 

Para obter a certificação LEED Schools, a escola precisa atender alguns requisitos, como a apresentação de um relatório ambiental da qualidade do solo, que comprove não haver perigo à saúde das crianças, e o tratamento acústico tanto nas salas de aula, como nos corredores e ambientes próximos. 

O projeto foi desenvolvido com base nos aspectos da sustentabilidade, que de acordo com a autora promovem uma ação inovadora e educadora, já que o prédio passa a ser também educador e formador de cidadãos conscientes. “Para um país de terceiro mundo latino, e com a maior visibiladade no mundo pelo seus recursos naturais e potência, acredito que isso possa ser um marco em projetos inovadores, pois não se trata de prédio comercial, esportivo ou turístico”, afirmou Maria José. 

A escola tem o formato de um catavento, que como o próprio nome sugere, "cata" o vento e promove através da exaustão do ar quente que sobe uma agradável sensação térmica interna, inclusive promovendo a iluminação natural durante todo o dia, que faz com que o consumo de energia de luz seja reduzido. 

O projeto desenvolvido pela Arktos – Arquitetura Sustentável conta, ainda, com a instalação de bicicletários, vagas especiais para veículos de baixa emissão, aumento, manutenção e recuperação das áreas verdes originais encontradas no local, pavimentação permeável, telhado verde (com acesso à visitação), reaproveitamento das quadras existentes, redução de ilhas de calor, reaproveitamento de 100% do material de entulho que seria gerado na obra, área para reciclagem, uso de 70% da permeabilidade do terreno, ajudando a evitar as enchentes e ajudando na recuperação do lençol freático, reaproveitamento de água de chuva, em vasos sanitários, lavagem do pátio e irrigação de áreas verdes; uso de revestimento com baixos índices de compostos orgânicos voláteis, forros acústicos, válvulas de duplo acionamento, revestimentos com baixos índices de compostos orgânicos voláteis, forros acústicos, toda iluminação em lâmpadas LED, equipamentos de ar condicionado eficientes e painéis solares para aquecimento de água. 

A escola é, também, totalmente adaptada para receber alunos com necessidades especiais. O projeto contempla desde a estrutura do prédio, onde as partes podem mudar de lugar facilitando a construção em qualquer tipo de terreno, até as características mais fundamentais como portas mais largas, pisos táteis, rampas com pouca inclinação e inscrições em braile.

Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2443/primeira_escola_publica_verde_do_pais_sera_inaugurada_no_rio_de_janeiro/


quinta-feira, 28 de abril de 2011

DIA MUNDIAL DA CORRENTE DO BEM

O DIA OFICIAL É HOJE, MAS PODEMOS PRATICAR SEMPRE!

LEIA MAIS EM: http://www.facebook.com/event.php?eid=188492214521168

PROJETO OÁSIS PORTO ALEGRE

O Projeto Oásis foi criado pelo Instituo Ethos de São Paulo, e tem como objetivo, a realização de um sonho para uma comunidade como forma de trazer de volta a esperança para seus integrante. A Net Impact Porto Alegre, realizará em conjunto com universidades e iniciativas privadas este projeto para a cidade.




Dia 28 de abril, às 20h, Lançamento do Projeto Oásis Porto Alegre + exibição do documentário Guerreiros sem armas, do Instituto Elos. Será no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS (AV. Sarmento Leite, 320). 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

COLETA E DESTINAÇÃO DE PNEUS ATINGE MAIS DE 310 MIL TONELADAS

Volume foi 25% superior em relação a 2009.

A indústria pneumática coletou e destinou 311.554 toneladas de pneus inservíveis em 2010, o que representou um volume 25% superior em relação ao ano anterior. O total do ano passado representa 20,23% do montante acumulado desde 1999 (1,54 milhão de toneladas), quando teve início o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, que hoje é administrado pela Reciclanip, entidade sem fins lucrativos criada pelas fabricantes de pneus, com o objetivo de fortalecer os esforços de coleta e destinação. A Pirelli, empresa líder do setor, com cinco fábricas instaladas no Brasil, colabora com o financiamento da instituição, que é considerada uma das maiores iniciativas da indústria brasileira na área de responsabilidade pós-consumo.

Em 2011 a Pirelli e os demais fabricantes de pneus irão destinar US$ 41 milhões à Reciclanip, quantia 20% maior em relação ao total aplicado no ano passado, e que representa 33% de todo o aporte financeiro acumulado nos últimos 11 anos, que é de US$ 124 milhões. Estes dados apontam o crescimento dos esforços de um setor que praticamente liquidou todo o seu passivo ambiental.

No momento que a sociedade inicia a discussão sobre a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o setor de pneus é um bom exemplo, pois possui um grande know-how em coleta de produtos inservíveis, logística de transporte e destinação ambientalmente correta. No final do mês de fevereiro o governo federal criou o Comitê Orientador de Logística Reversa, formado pelos ministérios do Meio Ambiente, Saúde, Fazenda, Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para definir e regulamentar as regras para devolução de produtos usados por parte dos consumidores, primeiramente de seis setores: pneus, pilhas e baterias, embalagens de agrotóxicos, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos.

Atualmente a Reciclanip tem 620 pontos de coleta em todo o País em parceria com prefeituras, que cobrem praticamente todos os municípios com mais de 100 mil habitantes. O número destes postos também cresceu 32% em 2010. Os pneus inservíveis chegam a esses locais provenientes de diversas origens: das revendas de pneus; das prefeituras; das borracharias; ou da própria população. Muitos consumidores não sabem, mas o ideal é deixar os pneus usados na loja após a troca, para que sejam recolhidos e recebam a destinação ambiental correta. Com a PNRS a devolução do produto velho passará a ser obrigatória.

Do total de pneus inservíveis coletados pela ANIP, 64% é reaproveitado como combustível alternativo para as indústrias de cimento e papel e celulose. Os demais 36% são reutilizados na fabricação de asfalto borracha, solados de sapato, dutos pluviais, pisos industriais e tapetes para automóveis. Todas estas destinações são aprovadas pelo Ibama como ambientalmente adequadas. Porém, as possibilidades de reutilização de pneus inservíveis são bem mais amplas, pois trata-se de material 100% reciclável, por isso novas destinações estão em estudo para ser submetidas à aprovação do órgão governamental.

Com 139 anos de tradição, a Pirelli é uma multinacional italiana consagrada na indústria de pneus, com 20 unidades industriais em 12 países e atividades comerciais em mais de 160 países dos cinco continentes. Na América Latina, possui sete unidades produtivas, cinco delas no Brasil: Gravataí (RS), Campinas, Santo André e Sumaré (SP) e Feira de Santana (BA), além de uma na Argentina (Merlo) e outra na Venezuela (Guacara). A empresa emprega mais de 27 mil pessoas no mundo, sendo cerca de 11 mil na América Latina, das quais mais de nove mil estão nas unidades brasileiras.

A Pirelli Pneus Ltda., no Brasil, conta com uma ampla rede de revendedores oficiais presentes em todo o território nacional, com mais de 600 pontos de venda e cerca de 8.500 profissionais, que são treinados diretamente nas fábricas para oferecer os produtos originais que equipam os veículos das principais montadoras do mercado, além dos importados das principais marcas presentes no mundo.

Em Sumaré, no estado de São Paulo, está localizado o Campo Provas Pneus Pirelli, pioneiro na América Latina, que completou 20 anos em 2008 e compõe um dos mais importantes Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa no mundo: o de Santo André. Com perfeita integração, em tempo real, aos demais Centros que a empresa possui na Itália, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido, a unidade de estudos brasileira está capacitada a desenvolver, receber e aplicar as mais avançadas tecnologias na produção de pneus para uma gama completa de aplicações: caminhões e ônibus; automóveis e camionetas; tratores e máquinas para uso fora de estrada; motocicletas e bicicletas; além de câmaras de ar, protetores, materiais para a reconstrução de pneus e cordas metálicas.

Por Edson Gushiken, do Pauta Social

Fonte: http://www.envolverde.com.br/dialogos/noticias/coleta-e-destinacao-de-pneus-atinge-mais-de-310-mil-toneladas/

terça-feira, 19 de abril de 2011

Operação Lixo Zero

A revista Vida Simples de abril de 2011 traz uma notícia muito motivadora denominada “Operação Lixo Zero”, no qual uma família inglesa nos mostra como é fácil estabelecermos um compromisso para com o nosso planeta Terra. Veja abaixo a notícia na integra.

Você já parou para pensar em quanto lixo você produz por ano? A família Strauss, da cidade inglesa de Gloucestershire, parou – e percebeu que podia diminuir drasticamente a quantidade de resíduos que colocava na lixeira. Tanto que, durante todo o ano de 2009, eles conseguiram encher apenas uma latão grande com detritos produzidos. Decidiram então, ir além: zerar a produção de lixo. Para isto, trataram de radicalizar o mote: “reduzir, reciclar e reutilizar”. O casal e a filha de 10 anos terminaram 2010 com uma mera sacola de lixo.

A mensagem deles de que é possivel reduzir a quantidade de lixo ganhou o mundo graças ao MY Zero Waste, site onde eles dão dicas e promovem debates sobre o tema. “O impacto coletivo de todos fazendo a sua parte pode levar a uma mudança significativa e transformarmos totalmente nossa relação com nossos resíduos”, diz Rachelle, a mãe.

A experiência rendeu a eles um projeto de documentário que começa a ser gravado em abril.

Para 2011, o objetivo deles é ajudar outras pessoas a reduzir os dejetos. “E adoraríamos acumular menos que uma sacolinha de lixo em 2011”, espera ela.

www.myzerowaste.com

Por Daniela de Matos
Fonte: http://www.simplessolucoes.com.br/blog/

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ONG Parceiros Voluntários e BID implantam programa sobre Transparência

Maria Elena Pereira Johannpeter*

A Transparência e a correta prestação de contas das Organizações sociais que integram o Terceiro Setor, são preocupações mundiais, fundamental para a gestão e sustentabilidade das Organizações e imprescindível para garantir e ampliar investimentos vindos do setor privado. Profissionalizar, aumentar a credibilidade e visibilidade do Terceiro Setor é uma das metas do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento Social) para os próximos anos através da implantação em diversos países de um programa inédito Desenvolvimento de Princípios de Transparência e Prestação de Contas em Organizações da Sociedade Civil.

Para a implantação no Brasil, o Banco – por meio do FUMIN/BID (Fundo Multilateral de Investimento) – fez parceria com a ONG Parceiros Voluntários, com sede em Porto Alegre e presença em 82 municípios gaúchos, para desenvolver, testar e sistematizar o projeto piloto da iniciativa durante um período de três anos, de outubro de 2008 a outubro deste ano. 

Para o desenvolvimento dos Princípios e a aplicação da metodologia, a ONG criou uma grande e diversificada Rede Colaborativa formada por profissionais dos Conselhos de Administração, Contabilidade, OAB, Ministério Público, entre outros, que tem a função de assessorar, voluntariamente, os dirigentes das organizações sociais que participam do curso Educando para a Transparência, desenvolvido em módulos que somam o total de 80 horas presenciais e 20 horas de atividades semipresenciais. Após as capacitações, as OSCs recebem o acompanhamento de um consultor especialista e voluntário durante o período de dez meses.

Com a implementação e incorporação dos Princípios de Transparência, muitas instituições capacitadas já apresentaram importantes melhorias em seus processos, alinhados ao efetivo cumprimento de sua Missão e do seu posicionamento perante a comunidade, através da incorporação de três referenciais fundamentais: 

a. Responsabilidade de cumprir com seus compromissos;
b. Responsabilidade de prover informações confiáveis e transparentes;
c. Responsabilidade por suas ações e decisões.

Para a avaliação do projeto piloto, a ONG Parceiros Voluntários contratou professores do Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGA, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A Universidade ao participar contribui para a sensibilização da realidade do Terceiro Setor, bem como para o desenvolvimento de competência de jovens em processo de formação em um Programa de Pós-Graduação, avaliado pelo Conselho de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério de Educação Nacional, como de excelência máxima (nota 7). A avaliação está centrada em três pontos:

• Eficácia do Projeto - O Projeto possui alcance social significativo na medida em que propõe a incorporação da accountability como princípio de gestão de OSCs. Quando o Brasil deixa de ser prioridade para os financiadores internacionais e quando o governo vem investindo em programas que visam minimizar os efeitos perversos da má distribuição de renda, o uso de uma ferramenta que visa aportar transparência é, não apenas oportuno, como contribui de modo significativo para a qualificação dos recursos com fins sociais. Garantir a transparência é condição para continuar captando recursos futuramente.

• Capacidade da Organização Executora para implementá-lo - A ação de capacitação e acompanhamento proposta pelo projeto instiga a um repensar sobre as práticas de gestão atualmente presentes, pois os princípios de accountability são transversais a todos os procedimentos ordinários e extraordinários, obrigando os dirigentes a rever suas práticas e promover melhorias. 

• Sugestões de melhorias - O pressuposto do Projeto, de que as OSCs precisam desenvolver tais Princípios, continuam válidos e cada vez mais presentes. O Projeto se constitui num desafio significativo à gestão das OSCs, pois às provoca a superar limites administrativo-gerenciais, não raro históricos. Não se trata de uma realidade intransponível: o objetivo do projeto é justamente conduzir as OSCs na direção de vencer esse desafio, mas, para tal, existem pré-condições que necessitam ser asseguradas, em especial, o domínio e aplicação de ferramentas básicas de gestão, o que implicaria na existência de uma cultura ou racionalidade de gestão que nem sempre é encontrada nas Organizações Sociais.

Mesmo tendo em mãos um projeto vitorioso, em função dos resultados atingidos em seu projeto piloto com 76 OSCs capacitadas, 148 dirigentes de 21 cidades do Rio Grande do Sul, o grande desafio para a ONG Parceiros Voluntários é a busca de parcerias para disseminar a metodologia construída ao longo desses três anos. Importante destacar que existem no Brasil cerca de 340 mil Organizações Sociais constituídas juridicamente, nos 27 Estados brasileiros, segundo dados do IBGE do ano de 2005. É fundamental que, além de se discutir os conceitos de transparência, que se passe a praticá-los. Transparência, é atitude! 

O crescimento da participação da sociedade civil no mundo atual requer que as Organizações da Sociedade Civil assumam uma maior responsabilidade sobre a qualidade de suas ações e do impacto que têm na sociedade. Isto é vital, uma vez que as OSCs podem vincular empresas, comunidade e setor público e, na medida em que as mesmas possam oferecer uma transparência na sua prestação de contas, terão a capacidade de gerar credibilidade, visibilidade e confiança, características indispensáveis exigidas por empresas que investem em projetos sociais.

Dessa forma, contribui-se para a articulação e aliança entre o Primeiro, Segundo e Terceiro Setores, necessária para o melhor atendimento das demandas sociais e o desenvolvimento das comunidades.


*Maria Elena Pereira Johannpeter é Presidente (Voluntária) da ONG Parceiros Voluntários.

Fonte: http://www.gife.org.br

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Abertas Inscrições para o Ranking Benchmarking 2011

Em sua 9ª edição, o Programa Benchmarking já se consolidou como um dos mais respeitados Selos de Sustentabilidade.

As Instituições e empresas com boas práticas de sustentabilidade podem inscrever seus cases pela internet, e uma vez rankeadas farão parte do maior Banco Digital de Práticas de Sustentabilidade de livre acesso do país, fonte de consulta para pesquisadores, universidades e mídias especializadas. A comissão técnica é multidisciplinar e congrega especialistas de vários países. As inscrições poderão ser feitas online até 30/05/2011 no site - www.benchmarkingbrasil.com.br

Os cases selecionados serão conhecidos no Dia Benchmarking, Compartilhar para Crescer, em 28/07, no encerramento da 4ª FIBoPS - www.fibops.com.br

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Coleta de Lixo em Barcelona

 idéia de um sistema subterrâneo de coleta de lixo em Barcelona é de 1992, quando a cidade sediou os Jogos Olímpicos. Desde então, o projeto tem sido implantado sistematicamente e 70% da área metropolitana já possui bocas de lixo conectadas diretamente aos centros de coleta. Plástico, latas e papel são reciclados e o lixo orgânico vira energia. Em cinco anos, a capital da Catalunha eliminará definitivamente os caminhões de lixo.

Assista o vídeo aqui

PRÊMIO FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL DE TECNOLOGIA SOCIAL 2011

Começam nesta segunda-feira (04/04) as inscrições para o Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social e podem participar instituições sem fins lucrativos, de direito público ou privado. Serão nove prêmios no valor de R$ 80 mil cada - cinco serão para as categorias regionais (um para cada região do País) e um para cada categoria especial: “Direitos da Criança e do Adolescente e Protagonismo Juvenil”; “Gestão de Recursos Hídricos”; “Participação das Mulheres na Gestão de Tecnologias Sociais”; e uma nova categoria: “Tecnologia Social na Construção de Políticas Públicas para a Erradicação da Pobreza”. 

As inscrições podem ser feitas por meio do portal www.fbb.org.br/tecnologiasocial até o dia 30 de junho e o Prêmio conta com o patrocínio da Petrobrás e o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Unesco e da KPMG Auditores Independentes. 

O Prêmio é concedido a cada dois anos e tem por objetivo identificar, certificar, premiar e difundir Tecnologias Sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou nacional e que sejam efetivas na solução de questões relativas à alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde. 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Portal ensina consumo consciente para crianças

O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente lançou o portal Akatu Mirim, um site inédito sobre consumo consciente voltado para crianças, criado e desenvolvido pela agência digital Tribo Interactive e patrocinado pelo refresco em pó Tang, da Kraft Foods Brasil.

O lançamento do Akatu Mirim faz parte das comemorações do aniversário do Instituto Akatu, que completou no último dia 15 dez anos de trabalhos pelo consumo consciente, em parcerias com a iniciativa privada e o poder público. Com o novo portal, o Instituto espera motivar também as crianças para o consumo consciente, por meio de conteúdo lúdico e pedagógico. O Akatu Mirim apresenta ainda áreas voltadas para pais e educadores, como dicas e planos de aula.

Entre os temas abordados, o primeiro será petróleo. As crianças são convidadas a descobrir em que objetos de seu cotidiano está presente o minério. Os próximos serão sacola plástica, garrafa d’água, celular e bala.

O portal oferece jogos on-line, nos quais as crianças conhecem mais do produto específico jogando. No jogo “Descobrindo Petróleo!”, elas encontram petróleo em diversos objetos, como brinquedos, vestuário e utensílios de casa.

http://www.akatumirim.org.br/

Fonte: http://www.gife.org.br/artigo-portal-ensina-consumo-consciente-para-criancas-14154.asp

Responsabilidade de empresas envolve também direitos humanos

Rodrigo Zavala*

De que forma as práticas empresariais impactam nos direitos humanos de suas partes interessadas (trabalhadores, fornecedores, consumidores e comunidades)? Como reduzir ou mitigar esses efeitos? Como a defesa dos direitos fortalece os negócios de forma prática? Essas foram algumas das questões levantadas na mesa redonda “Direitos Humanos e Práticas Empresariais: Entendendo as Responsabilidades”, realizada no último dia 30, em São Paulo.

Promovida por meio de uma parceria entre as organizações Conectas Direitos Humanos, Instituto Ethos, The Global Business Initiative on Human Rights, Levy&Salomão Advogados e o Centro Regional de Apoio para a América Latina e Caribe do Pacto Global, o encontro internacional reuniu mais de 120 lideranças empresariais para refletir sobre os desafios do tema local e globalmente.

E não é por acaso que o tema do evento está propositalmente em gerúndio. De forma franca, os especialistas que se revezaram nas apresentações mostraram que as corporações e as instâncias de apoio ainda estão dando os primeiros passos nesse movimento, que passou a ganhar mais adeptos há poucos anos.

“Mesmo grandes empresas de atuação global começaram a trabalhar com o tema há pouco mais de cinco anos. Na prática, muito pouco tempo. A discussão está no começo”, afirmou o consultor especial da Representação de Empresas e Direitos Humanos das Nações Unidas, criada em 2005, pelo então secretário-geral, Kofi Annan. 

Mas, o que é preciso entender dessa questão? Ainda no âmbito da ONU, em 2008, o representante de Empresas e Direitos Humanos, o professor John Ruggie, apresentou uma estrutura de políticas para administrar os desafios inerentes a esse tema baseada em três pilares: o dever do Estado de proteger contra violações dos direitos humanos, inclusive empresas; a responsabilidade corporativa de respeitá-los e; a necessidade de melhor acesso, pelas vítimas, a recurso efetivo, judicial e extrajudicial.

A preocupação nesse momento estava clara, basta ver que os princípios 1 e 2 do Pacto Global – outra iniciativa da ONU – versam exatamente sobre esses pontos. “Qual é o meu papel como empresa, em conjunto com o Estado, sobre a proteção dos direitos humanos?”, lembrou a diretora do Centro Regional de Apoio para a América Latina e Caribe do Pacto Global, Diana Chavez.

Nesse sentido, há um reconhecimento claro que a responsabilidade de respeitar os direitos humanos também se aplica a atores comerciais. Em um contexto de sustentabilidade, em que as empresas competem em um mercado global que exige comprometimento socioambiental, esses direitos se tornaram preocupação de investidores, presidentes de empresas, gestores de risco, profissionais da área jurídica, diretores funcionais, líderes operacionais e empregados.

“Uma empresa pode assinar pactos em que se compromete a não violar os direitos humanos, mas como ela sabe que realmente os respeita?”, questionou John Ruggie, em vídeo transmitido durante o encontro.

Gerenciamento de crise
Um dos pontos que chamaram a atenção nas discussões foi a desconfiança de que os gestores pouco sabem sobre o impacto de suas práticas no que tange o tema. Se no frigir, a responsabilidade social de empresas se dá em uma gestão ética do negócio – como defende o Instituto Ethos --, é preciso analisar se existe algo de insustentável em toda a cadeia produtiva, antes que o assunto vem à baia e uma crise sem precedentes recaia sobre a empresa.

Entre as máximas ditas durante o encontro, nenhuma foi tão assertiva quanto: “poucas empresas podem prosperar quando é sabido que abusam dos direitos humanos”. Questões relacionadas à má gestão dos direitos humanos podem macular uma reputação por muitos anos, prejudicando operações comerciais.

Exemplos não faltam. É de conhecimento público um sem número de casos em que empresas transnacionais foram enquadradas e responsabilizadas por seus fornecedores por utilizarem mão de obra escrava, infantil ou ilegal em países em desenvolvimento. Indústrias que poluem o meio ambiente, levando à marginalização comunidades inteiras. Ou mesmo corporações, cujas práticas de contratação escondiam critérios discriminatórios de etnia e gênero.

Não que seja um atenuante, mas o fato é que alguns dos escândalos que saltaram aos olhos nas últimas décadas não eram causados, necessariamente, por uma política expressa dessas empresas. A desinformação reinante sobre as operações de fornecedores e prestadores de serviço causou o constrangimento e a responsabilização objetiva dessas organizações.

Um caso pode elucidar essa falta de clareza dos gestores. Ao tomar a palavra, o fundador do Centro para os Direitos Humanos e Meio Ambiente (Argentina), Daniel Taillant, afirmou que a academia não está preparada para discutir o tema. “As universidades de administração, quando ouvem falar de direitos humanos, já dizem que se trata de matéria de direito, não daquela faculdade”, desabafou.

Quando aqueles que estão na frente dos negócios são míopes sobre essa relação, os equívocos passam a ser uma questão de tempo. “Quando demos início a nossa política de direitos humanos na empresa, o primeiro passo foi qualificar os colaboradores. Eles acreditavam que violação dos direitos humanos era práticas de tortura”, lembrou o vice presidente de Cidadania Corporativa da General Eletric, Bob Corcoran.

Franco e direto, ele comentou sobre os desafios de seu trabalho. Embora exista uma política aplicável aos fornecedores – que devem, entre outros critérios, seguir prerrogativas de sustentabilidade e direitos humanos – torna-se difícil para uma empresa global ter ingerência sobre os fornecedores dos fornecedores. Essa supervisão, para ele, não deve ser vista como um custo, mas um investimento para aproximar os grupos de interesse.

O vice-presidente da mineradora colombiana Cerrejón, Julián Gonzáles, também apresentou as dificuldades de se fazer um diagnóstico dos impactos do negócio sobre os direitos humanos. Em pouco mais de cinco anos, a partir de alianças intersetoriais, envolvendo governos locais, organizações sociais e comunidades diretamente atingidas pela extração de minério e carvão, mais de 14 mil pessoas foram qualificadas sobre direitos humanos.
Nesse trabalho, a população de mais de 300 comunidades diretamente relacionadas ao negócio entendem o que ocorre a sua volta, sabem onde estão os problemas e fazem chegar à empresa formas de compensação, principalmente nas comunidades indígenas. Trata-se, no fim, de uma espécie de licença social para operar.

Embora ainda esteja no começo, não mais de cinco anos, a iniciativa já criou uma ouvidoria apenas para levantar as constatações da população e, com isso, criar uma radiografia local que baseia as estratégias da empresa. “Às vezes, não querem compensação ou dinheiro, mas serem ouvidas”, afirmou o colombiano.

No intervalo, uma brincadeira entre os participantes mostrou que o movimento ainda está dando seus primeiros passos. Quando um deles disse que poucas pessoas discutem este tema no mundo, outro alfinetou: “basicamente este auditório, não é?”


*Rodrigo Zavala é editor de Conteúdo do GIFE.

Fonte: http://www.gife.org.br/artigo-responsabilidade-de-empresas-envolve-tambem-direitos-humanos-14148.asp