terça-feira, 30 de agosto de 2011

Inscrições abertas para o Sustentável 2011

Estão abertas as inscrições para o 4º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece no Rio de Janeiro, de 27 a 29 de setembro, no Píer Mauá. Com o tema “Visão 2050: agenda para uma nova sociedade”, o evento, que é realizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), reunirá especialistas mundiais no assunto, CEOs das maiores empresas do país e sociedade civil, que irão debater questões essenciais para o desenvolvimento sustentável do Brasil e do mundo.

Os palestrantes participarão de plenárias, divididas em temas como “De Estocolmo à Rio Rio+20, 40 anos de estrada”; “Perspectivas para a Rio+20”; “Cenário atual: contradições e certezas”; “Nova Governança: O papel dos países emergentes”; “Mudança de valores na nova economia: o papel dos investidores e o empoderamento do consumidor” e “A Corrida Verde já começou: experiências que apontam o Futuro e Sustentabilidade: tendências para as próximas décadas”.

Os participantes também poderão acompanhar oficinas abertas ao público (com inscrições à parte), que vão promover o debate entre especialistas e diferentes setores da sociedade sobre os temas: “Valoração de bens e serviços ambientais”; “Nova Governança: o papel dos países emergentes”; “Mudanças climáticas: energia 2050” e “Negócios inclusivos”. Durante o evento acontecem diálogos multisetoriais gratuitos na área “Open Space”, com os temas “Gestão de Riscos Sociais e Ambientais no Brasil” e “Erradicação da Pobreza”, entre outros.

As inscrições podem ser feitas no site www.sustentavel.org.br, com descontos especiais para grupos acima de dez pessoas, associados do CEBDS e estudantes. Para seguir a Sustentável 2011 no Twitter, o endereço é @Cbeds e no Facebook, pelo perfil Sustentável 2011.

SAE e Instituto Unibanco assinam acordo para realizar ações conjuntas

O Instituto Unibanco e a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) firmam no dia 29 de agosto, às 11h, o Termo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento de estudos, projetos, pesquisas e avaliações em conjunto. O foco das ações que serão desenvolvidas por meio do acordo será a área de educação, com ênfase nos jovens do Ensino Médio público.

Estarão presentes o presidente do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Sales, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) Moreira Franco, a superintendente do Instituto Unibanco, Wanda Engel, o subsecretário da SAE, Ricardo Paes de Barros, e o vice-presidente do Itaú Unibanco, Zeca Rudge.

O Acordo de Cooperação Técnica visa unir esforços para gerar conhecimentos que subsidiem a proposição de políticas de programas sociais, de educação, de segurança e políticas para a juventude, de aquisição de capacidades e de geração de oportunidades de emprego e renda para a população abaixo da linha da pobreza e outras áreas afins. O trabalho está, dessa forma, alinhado à missão do Instituto Unibanco de “contribuir para o desenvolvimento humano de jovens em situação de vulnerabilidade”.

Pelo Termo de Cooperação Técnica, que estará vigente até 2013, o Instituto Unibanco terá como atribuições disponibilizar recursos e dados necessários à execução dos trabalhos e indicar um responsável técnico para acompanhar as atividades previstas. Já a SAE terá a responsabilidade de dar apoio técnico e metodológico à elaboração de pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho de Gestão de Conhecimento do Instituto Unibanco e colaborar nas avaliações de impacto das experiências (projetos) conduzidas pelo Instituto Unibanco, entre outras funções.

Childhood Brasil lança edital para seleção de projetos sociais

A Childhood Brasil, organização que luta por uma infância livre de exploração e abuso sexual, e a Atlantica Hotels, administradora de hotéis de capital privado da América do Sul, lançaram no dia 15 de agosto um edital para seleção de projetos sociais para os Estados do Amazonas e Pará.

Em 2005, as duas organizações firmaram uma aliança com o objetivo de prevenir a exploração sexual de crianças e adolescentes e promover o turismo sustentável. Ao longo dos anos, a Atlantica tem desenvolvido diversas ações com colaboradores, hóspedes, investidores, fornecedores e parceiros da rede hoteleira em todo o País, para divulgar a causa e mobilizar recursos para projetos apoiados pela Childhood.

A proposta deste edital é ampliar o número de instituições apoiadas, que têm projetos focados na proteção da infância e adolescência contra violência sexual, no Amazonas e no Pará. O formulário de inscrição e o edital completo estão disponíveis em www.childhood.org.br. As inscrições deverão ser efetivadas até 15 de outubro, com o envio do formulário preenchido para o email edital@childhood.org.br

Poderão participar do processo seletivo as propostas com orçamento de até R$ 70 mil/ano e com tempo de execução de no máximo 12 meses. Apesar de o apoio ser limitado a R$ 70 mil, serão aceitos projetos com orçamento acima deste valor desde que a organização proponente apresente documentos que comprovem o compromisso de outros financiadores com o projeto.

A fase de seleção das propostas, que inclui a análise de projetos, a visita de campo e o recebimento de documentos, será concluída em novembro e a divulgação dos projetos selecionados acontecerá em dezembro deste ano. O repasse dos recursos para as organizações será realizado em janeiro de 2012.

Associada GIFE
A Childhood Brasil é uma organização brasileira e faz parte da World Childhood Foundation (Childhood), organização internacional criada em 1999 por Sua Majestade Rainha Silvia da Suécia para proteger a infância e deixar as crianças serem crianças.

Há 12 anos a instituição luta por uma infância livre de abuso e exploração sexual. Com 19 programas próprios e apoio a 66 projetos até o momento, a organização já beneficiou mais de 1,3 milhão de pessoas, entre crianças e adolescentes, seus familiares e profissionais de diferentes setores.

A organização apoia projetos, desenvolve programas regionais e nacionais, influencia políticas públicas e transforma a vida de muitas crianças e adolescentes. Também educa os diferentes agentes, orientando como cada um pode agir para lidar com o problema, promovendo a prevenção e formando proteção em rede para meninos e meninas.

Com sede em São Paulo, a Childhood Brasil é certificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e Entidade Promotora dos Direitos Humanos.
Por essas razões a organização é a mais nova associada à Rede GIFE de Investimento Social Privado. O Conselho de Governança do GIFE reconheceu, na ultima semana, o investimento social da Childhood.


Fonte: http://www.gife.org.br/edital-childhood-brasil-lanca-edital-para-selecao-de-projetos-sociais-14327.asp

Fundações e ONGs: transparência para gerar confiança

Eleno Gonçalves*

Outro dia numa mesa de bar uma amiga contava sobre sua recente viagem à Tailândia. Até que perguntei, admito, em tom malicioso, sobre a famosa “massagem tailandesa” – no Brasil anunciada também em casas de prostituição. Ela respondeu que a massagem tailandesa é milenar e faz parte da cultura daquele povo. E acrescentou uma informação que me surpreendeu: na Tailândia, a maioria das casas oferece este serviço ao ar livre, em salas abertas ou com paredes de vidro, totalmente transparentes.

Por quê? “É a transparência que protege tanto os turistas e clientes quanto as massoterapeutas, não deixando dúvidas, para quem passa na rua, sobre o que acontece lá dentro. Isso ajuda a afastar o turismo sexual.”

Ao ouvir essa história pensei como isso se aplica ao mercado social ou setor sem fins lucrativos. Chamado também de terceiro setor ou sociedade civil organizada, ele compreende as FASFIL (Fundações e Associações Sem Fins Lucrativos) criadas voluntariamente pela sociedade e voltadas para o interesse público. Muitas popularmente conhecidas como ‘ONGs’ ou ‘Institutos’.

Este setor teve um crescimento fantástico nas últimas duas décadas, quaisquer que sejam os indicadores escolhidos: número de organizações, número de profissionais empregados ou recursos financeiros envolvidos. O estudo publicado em 2008 (com dados de 2005) pelo IBGE, Ipea, Gife e Abong mostra que o número de FASFIL saltou de 107mil em 1996 para 338 mil em 2005. Neste ano elas empregavam mais de 1,7 milhão de pessoas (sem contar os informais e o grande número de voluntários).

O crescimento, a profissionalização e o peso econômico do mercado social trazem inúmeros desafios para a sociedade brasileira, além de causar certos incômodos para a iniciativa privada e para o estado. Um deles está relacionado ao mau uso que se faz dessas figuras jurídicas (fundações e associações). Em quase todos os países do mundo esse setor goza de variadas formas de incentivos, isenções e imunidades. A contrapartida para esses incentivos quase sempre passa por rígidos padrões de governança, que incluem transparência, prestação de contas e responsabilidade. No Brasil, a sociedade civil se profissionalizou há apenas uma geração, a legislação é muitas vezes confusa, e ainda existem muitas brechas para o uso mal intencionado ou indevido de ONGs.

Assim, muitas ONGs foram e são criadas para atender a interesses privados. Vejamos alguns exemplos: ONGs de comércio ou prestadoras de serviço que praticam concorrência desleal com empresas do mesmo ramo; ONGs que remuneram indiretamente seus dirigentes “ativistas voluntários” por meio das empresas destes; ONGs que são braços políticos de sindicatos, governos ou parlamentares, por vezes utilizando dinheiro público ou proveniente de corrupção; ONGs criadas para lavagem de dinheiro de empresas; ONGs cujos associados são também os próprios empregados etc.

Porque isso ocorre? São vários os motivos: falta de uma legislação adaptada à realidade atual, baixa capacidade ou inviabilidade de fiscalização por parte das autoridades, cultura de conivência com a corrupção, sistema tributário caótico que incentiva empresas e pessoas a dar “jeitinhos” etc.

Generalizar é injusto. Assim como nem todo político é corrupto e nem todas as empresas sonegam: nem toda fundação é ‘pilantrópica’. No setor social a maioria das organizações e as pessoas que nelas trabalham são sérias, de boa-fé, e trabalham de fato para bem comum. São muitas as fundações empresariais, familiares e independentes que promovem de fato a transformação social, e que são verdadeiramente voltadas para o interesse público.

Mas é comum quando alguém diz que trabalha numa ONG, várias perguntas, maliciosas ou não, naturalmente serem feitas: “É séria mesmo?”, “Quem está ganhando dinheiro com isso?”, “E a CPI das ONGs?”, “Quem é o ‘dono’ da ONG?”. Isso é perfeitamente compreensível, afinal, a falta de transparência é ainda a regra para a grande maioria das fundações e ONGs. Os exemplos acima, quando escandalizados ou explorados, ajudam a despertar a desconfiança e generalizá-la para todo o setor.

Há muitos profissionais do setor social, grandes líderes sociais, que ainda têm uma visão estrita e crêem que o simples fato de trabalharem por uma causa lhes dá “foro privilegiado”, como se fossem legítimos representantes do Bem. Alguns ficam até constrangidos em "falar de dinheiro", "abrir os números", como se houvesse um segredo a ser guardado.

Entretanto, pelo contrário: justamente por arrecadarem doações de indivíduos e empresas, as ONGs deveriam praticar uma transparência igual ou maior do que a exigida dos governantes. As pessoas depositam não somente recursos, mas sua confiança nessas organizações. Russell Leffingwell, da Carnegie Corporation, disse em 1952: “Achamos que as fundações deveriam ter bolsos de vidro” (http://www.glasspockets.org). O Foundation Center é uma das principais organizações no mundo que atua na promoção de total transparência das fundações e ONGs.

Esse tema é uma tendência consolidada nos Estados Unidos. No Brasil algumas organizações já despertaram para a importância da transparência no terceiro setor. O GIFE e o IBGC publicaram um guia de melhores práticas de governança em 2009 e lançaram um curso de governança específico pra fundações e institutos empresariais no ano passado. Este ano o GIFE iniciou um movimento para promover a transparência entre os seus associados, a maioria fundações e institutos de origem empresarial.

Os cidadãos já não confiam cegamente nas ONGs e fundações da mesma forma ingênua como antigamente. Após o “boom” das últimas décadas, hoje há muitas ONGs endividadas e há uma tendência de ‘consolidação’ (este termo é muito usado pelo mercado financeiro para os momentos de quebradeiras, falências, fusões e aquisições). As organizações que sobreviverem serão as que conseguirem conquistar e manter a confiança de seus ‘clientes’ intermediários ou finais, ou seja: doadores, investidores sociais privados, empresas patrocinadoras, beneficiários e a sociedade em geral. A publicação de demonstrativos financeiros completos ainda é rara entre a maior parte das fundações e ONGs.

Nessa era da desconfiança, a transparência poderá ser o grande diferencial para as fundações e ONGs, pois a reputação é o grande ativo da maioria delas. Por isso, todas as fundações e associações, desde as grandes de origem empresarial até as pequenas ONGs de base, precisam melhorar substancialmente seus sistemas de governança, com uma atenção especial para a transparência. Ela deve ser vista como oportunidade e não como obrigação. Ela pode propiciar a verdadeira alavancagem do investimento social, pois atrairá apoios e parcerias. Ela serve também como um meio de proteção contra as suspeições indevidas.

Por fim, como todo esse longo discurso se realiza na prática? Como cobrar transparência de uma fundação ou ONG? Segue abaixo uma lista de itens cuja publicação na internet deveria ser feita por todas as organizações sem fins lucrativos. Os seis primeiros são itens essenciais, ao passo que os quatro últimos são mais avançados:


1) Missão, Objetivos, CNPJ e Estatuto Social da organização;
2) Composição da Diretoria ou Conselho não remunerado (nome de cada membro);
3) Composição da Diretoria ou Equipe Executiva (nome completo dos profissionais);
4) Relatório de Atividades (o que a organização fez no ano anterior);
5) Demonstrações Contábeis e Financeiras (ano anterior);
6) Plano de Ação (o que a organização pretende fazer no ano seguinte);
7) Critérios utilizados para definição de beneficiários;
8) Parecer do Conselho Fiscal e Auditores Independentes (ano anterior);
9) Indicadores de Impacto e/ou Resultado (atingidos no ano anterior);
10) Metas de Impacto e/ou Resultado (pros anos seguintes).

Para usar a analogia inicial: precisamos que os líderes das fundações e ONGs sejam como as massoterapeutas tailandesas, ou seja: mais do que a obrigação (no Brasil sempre tem alguém querendo criar uma nova lei), que eles tenham o desejo de ser transparentes. Na outra ponta deste mercado, doadores, mantenedores e beneficiários precisam agir como os clientes da massagem, ou seja, devem exigir esta conduta por parte das organizações, inclusive condicionando apoios futuros.

Pode parecer um sonho distante tal nível de sofisticação do mercado social acontecer no Brasil. Sabemos que a realidade não muda do dia para a noite. É preciso que os líderes queiram mudar e dar os primeiros passos para que se desenvolva no Brasil um ambiente favorável e sustentável para as organizações da sociedade civil. Organizações que atuam em causas públicas não têm ou não deveriam ter motivos pra continuarem ocultas. Este esforço coletivo por mais transparência aumentará a percepção positiva que os cidadãos têm a respeito das ONGs, fundações, FASFIL ou o nome que se queira dar a este setor tão fundamental em qualquer sociedade livre, plural, justa e democrática.




*Eleno Paes Gonçalves Junior, 35 anos, administrador (CRA 111106) especialista em gestão de iniciativas sociais. Foi gerente institucional do GIFE entre 2007 e 2011 e, hoje, é
superintendente adjunto de operações do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

Fonte: http://www.gife.org.br/artigo-fundacoes-e-ongs-transparencia-pra-gerar-confianca-14324.asp

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

4ª edição do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil

A Secretaria-Geral da Presidência da República, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade informam que já estão abertas as inscrições para a 4ª edição do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil.

O Prêmio ODM Brasil foi criado em 2004, para incentivar e reconhecer projetos desenvolvidos por organizações da sociedade civil e prefeituras que contribuam para que o Brasil alcance as metas do milênio. Se a sua organização social ou prefeitura executa algum programa em prol dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, está na hora de você inscrever o seu projeto pelo sitewww.odmbrasil.org.br .

Você pode inscrever projetos que atendam a um ou mais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. São eles: Erradicar a extrema pobreza e a fome; Educação básica de qualidade para todos; Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde das gestantes; Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; Garantir sustentabilidade ambiental e Estabelecer parcerias para o desenvolvimento.

As práticas inscritas são avaliadas e selecionadas por técnicos e especialistas nos ODM do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). As melhores iniciativas serão premiadas, desde que atendam a alguns critérios, entre eles: contribuição para os ODM; impacto no público atendido, participação da comunidade, existência de parcerias, potencial de replicabilidade e articulação com outras políticas públicas.

O período de inscrição vai de 1º de agosto a 31 de outubro de 2011.

GIFE lança as bases para o Congresso 2012




Com o tema Novas Fronteiras do Investimento Social, a sétima edição do Congresso GIFE, que será realizado em São Paulo, entre os dias 26 e 30 de março, apresentará ao participante como a necessidade de inovação trouxe ao setor novos desafios para seu fortalecimento e consolidação. Além dos temas e dinâmicas já tradicionais, o GIFE espera nesta edição do evento aprofundar os debates sobre as mais atuais, e complexas, dimensões da atuação dos investidores.

A programação do Congresso GIFE, assim, está articulada ao processo iniciado em 2010, com o lançamento da Visão do Investimento Social para 2020, que busca um setor relevante e legítimo, abrangendo diversos temas, regiões e públicos, formado por um conjunto sustentável e diversificado de investidores. “Buscamos inovação em várias áreas, que vão desde aperfeiçoar o que vem sendo feito nos últimos anos na área, a novas agendas políticas em que os investidores estão envolvidos, como por exemplo, uma nova organização econômica, a sustentabilidade e a Rio +20”, argumenta o secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti.

Segundo ele, os últimos congressos mostraram um amadurecimento do investimento social e anteciparam as tendências desse movimento. Agora, o GIFE deve lidar com múltiplos olhares e demandas que tensionam a forma e o formato das práticas quanto ao seu planejamento, alcance, governança, impacto, conteúdo e articulação com outros setores.
“Não temos mais como olhar o investimento social como um movimento insular. Ele está inserido em um contexto maior, seja em relação ao governo, seja em relação a outras agendas, que aponta para uma articulação mais forte”, afirma o gerente de Programas do GIFE, Andre Degenszajn, fazendo coro a Rossetti.

Fica evidenciado nesse ponto que o evento irá privilegiar a diversidade e diálogo, em uma programação que foge de formatos mais herméticos e apresentação de casos. “Vamos buscar não apenas inserções específicas, mas, de forma transversal, introduzir novas metodologias de trabalho para aproveitar ao máximo não só os palestrantes, mas criar condições efetivas para valorizar as experiências e vivências que os próprios participantes trazem”, reconhece Degenszajn.

Na prática, isso significa ampliar a conexão do que acontece dentro da sala com o que está do lado de forma, articulando a dimensão de relacionamento com o conhecimento. “A utilização de algumas ferramentas específicas de discussão facilitada fará com que a discussão se torne mais horizontal e participativa.“

Temário
Além dos temas já consolidados nas últimas edições do Congresso GIFE, visto que se referem a áreas com maior atuação de investidores (educação, cultura, meio ambiente, juventude), a nova edição do evento foca em debates que ainda estão na vanguarda no cenário nacional e internacional.
A começar pelo envolvimento de fundações, institutos e empresas no cenário do movimento da sustentabilidade, da ‘economia verde’, na busca de modelos para a mobilização e participação política das camadas de baixa renda da população, e o fortalecimento da sociedade civil organizada como um todo.

Em outro eixo, discutir como o reconhecimento do Brasil como um ator econômico e social importante no cenário internacional abriu portas para o país, pela primeira vez, se firmar não apenas como receptor, mas doador de recursos sob a égide da cooperação internacional e exportação de tecnologia social.

“A imagem sobre a situação brasileira está excelente lá fora, exageradamente positiva se considerarmos o nível de miséria que ainda existe no país. Mas, o importante também é mudança do posicionamento no campo da sociedade civil, que tem como contribuir de igual para igual com países desenvolvidos e em desenvolvimento”, acredita Rossetti.

E nesse ponto há duas dimensões a serem exploradas. A primeira é o intercâmbio de práticas com outros países, mais convencional. No entanto, o que se mostra cada vez mais em evidência é a necessidade das corporações brasileiras com projeção internacional de desenvolverem ações sociais nos países que tem sedes. “E essa é uma das fronteiras que nós falamos. Como é que o investidor se projeta para os outros países.”

Por que São Paulo?
Cidade onde se concentra o maior número de investidores sociais, a capital paulista pode ser vista como uma síntese dos potenciais desafios brasileiros, como pujança econômica e desigualdade de renda. “Isso não quer dizer que seja um evento voltado para São Paulo. Juntamente com outras cidades do Sul do país, a cidade é o grande motor desse momento de desenvolvimento econômico que gera o investimento social. Além disso, a sede do GIFE é na cidade e desde 2004 São Paulo não sedia um dos seus Congressos”, argumenta Rossetti.

Instituto HSBC tem inscrições abertas para Seleção de Projetos


Inscrições abertas para Seleções de Projetos 



O Instituto HSBC Solidariedade está com inscrições abertas para três seleções de projetos. Podem participar organizações não governamentais e comunitárias, legalmente constituídas no país, sem fins lucrativos, e que atuem no Terceiro Setor Brasileiro. Confira todas as orientações acessando o regulamento de cada uma das seleções.

Período de inscrições: de 15/08 a 16/09
Divulgação dos resultados: 22/11

Foco: Educação

Linha de atuação dos projetos: Redução da vulnerabilidade social de crianças e adolescentes aliada ao sucesso escolar.
Número de projetos a serem selecionados: 14.
Investimento: R$ 75 mil para cada projeto selecionado.
Período de apoio: um ano.


Foco: Meio Ambiente

Linha de atuação dos projetos: Ações de Adaptação de Comunidades e seus Ecossistemas aos Eventos Climáticos.
Número de projetos a serem selecionados: 7.
Investimento: R$ 200 mil para cada projeto selecionado.
Período de apoio: dois anos.


Foco: Geração de Renda para Comunidade

Linha de atuação dos projetos: Negócios Inclusivos e Autogestão - redução da vulnerabilidade social para o desenvolvimento econômico de comunidades e geração de renda.
Número de projetos a serem selecionados: 10.
Investimento: R$ 30 mil para cada projeto selecionado, mais a consultoria ITCP-FGV*.
Período de apoio: um ano.

Mais informações no site: http://www.hsbc.com.br/1/2/portal/pt/pagina-inicial/sustentabilidade

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Educação para o consumo sustentável – Obsolescência planejada (Tecnologia) « Atitude Eco Atitude

Educação para o consumo sustentável – Obsolescência planejada (Tecnologia)

Não se assuste com o título, a realidade é muito mais simples e fácil de entender. A obsolescência planejada nada mais é do que uma estratégia de marketing para manter um consumo contínuo ao longo do tempo, utilizando-se principalmente da moda e tecnologia para fazer com que nós troquemos mais constantemente de produtos.

Nesse post vamos falar de tecnologia. Você conhece vários exemplos e vai se identificar ao longo do texto.

Produto com os dias contados:

A história mais conhecida e certamente citada pela maioria é: “A geladeira da minha avó durou 25 anos, a minha quebro em menos de 10!”

Exatamente. Há algum tempo atrás, as empresas fabricavam os produtos pensando na sua qualidade para o consumidor. Ao longo do tempo, com o “amadurecimento” do marketing, os empresários perceberam que poderiam vender mais se seus produtos durassem menos.

Sim, os produtos realmente são planejados para durar menos. Posso afirmar pois sou formado em marketing, tive aulas desse tema e já questionei diretores de empresas de tecnologia sobre a real necessidade de se utilizar essa estratégia.

Todas as empresas utilizam, umas menos, outras mais. O fato é: Em algum momento seu aparelho terá um probleminha e deverá ser trocado. Não é muito mais barato trocar de celular do que consertar?

A nova versão da versão mais nova:

Também podem fazer você se sentir ultrapassado ou desatualizado. As empresas investem milhões em pesquisa e desenvolvimento e não vão gastar dinheiro a toa. Mesmo que eles tenham uma tecnologia inovadora,ela será guardada até que a empresa consiga extrair o máximo de dinheiro do consumidor. Exemplo: As câmeras fotográficas de 1mp, 2mp, 3mp etc. Pode acreditar: Quando a câmera de 1mp foi lançada, as empresas já tinham a tecnologia para produzir as de 10mp, 15mp. Mas qual seria o lucro se elas disponibilizassem esses produtos diretamente? Dois anos de lucro, talvez. Utilizando a estratégia da obsolescência planejada, eles puderam lucrar com o consumo de um só produto durante 10 anos… Inteligente ou sacana?

Tive uma conversa com o diretor de uma empresa multinacional que me informou, quando questionado sobre a real existência dessa estratégia, que sua empresa tinha produtos que só seriam vendidos no mercado daqui 10, 15 anos. São produtos que já existem, mas só entrarão no mercado quando as outras versões forem compradas e deixadas de lado.

Conclusão:

Não é fácil lidar com essa questão, visto que não há como evitar o consumo de tecnologias que ficarão ultrapassadas em questão de meses. O negócio é só comprar quando realmente há a necessidade: Você já tem uma maquina de 3mp, precisa comprar a de 4mp assim que lançar? Espere mais alguns meses e vá direto para uma câmera que realmente tenha um diferencial tecnológico.

Segue um vídeo legal do projeto Story of Stuff que fala sobre eletrônicos e obsolescência planejada.

Outros posts da série Educação para o consumo sustentável:

Educação para o consumo sustentável – Intensificação do uso

Educação para o consumo sustentável – Signos ou objetos?

Fonte: http://atitudeco.com.br/2011/01/10/educacao-para-o-consumo-sustentavel-obsolescencia-planejada-tecnologia/


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Arquitetura bioclimática aplica sustentabilidade a construções de baixo custo


Projeto de casas de baixo padrão criado pelo escritório 24.7 Arquitetura para o concurso da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) l Imagem: 24.7 Arquitetura

O conceito de arquitetura bioclimática busca minimizar os impactos da construção civil no meio ambiente. Através do estudo das condições climáticas locais, os projetos são pensados para oferecer conforto térmico em todas as estações do ano.

“A arquitetura é uma atividade da construção civil que é conhecida como a atividade dos 40, por consumir 40% dos recursos, por emitir 40% dos gases poluentes e por consumir 40% da energia que a gente produz”, explica o arquiteto especializado em bioclimatismo, Giuliano Pelaio, acrescentando que este é um número do qual ele não quer fazer parte.

Através de um projeto bem elaborado, de acordo com as necessidades do morador e das condições locais, é possível minimizar esses percentuais e também oferecer maior qualidade de vida a quem irá habitar o empreendimento.

Pelaio explica que “a arquitetura bioclimática está muito ligada a três grandes fatores: tem que ser capaz de gerar, acumular e transmitir o calor no inverno e o frescor no verão”. Além disso, essas construções precisam considerar a otimização de recursos e materiais, a diminuição do consumo energético e ser uma estrutura com baixos índices de manutenção durante a sua vida útil.

Ao contrário das certificações, que normalmente elevam os custos das construções, a arquitetura bioclimática pode ser aplicada em construções de todos os padrões, sem custos adicionais. “De 80% a 90% da sustentabilidade de uma edificação provém de decisões de projeto, que não custam mais nada”, explica o arquiteto, que ainda não concorda totalmente com as certificações, por não haver nenhum selo que leve em consideração a realidade climática brasileira em sua totalidade.

O projeto de casas de baixo padrão criado pelo escritório 24.7 Arquitetura, do qual Pelaio é sócio, para o concurso da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), prova que é possível construir de maneira sustentável e econômica.

No projeto as casas são pensadas considerando todos os conceitos do bioclimatismo, aliado também ao design contemporâneo e particularidades que permitem a personalização das casas, fato inovador no que diz respeito às casas populares. “O intuito é permitir que as casas tenham a identidade dos moradores. Isto é diversidade de tipologia e eleva a qualidade das habitações”, explica o arquiteto.

As residências serão equipadas com placas solares usadas para o aquecimento de água, que é uma tecnologia muito eficiente e economicamente viável. Outro diferencial é a aplicação de telhados verdes, que colaboram para o conforto térmico, juntamente com outras questões estruturais que permitem melhor circulação do ar.

O escritório 24.7 Arquitetura é o responsável pelo desenvolvimento de um bairro sustentável na cidade de Campo Mourão, no Paraná. A proposta é criar um modelo de cidade compacta, com mescla de usos e atividades. Assim, os moradores poderão contar com toda a infraestrutura necessária para satisfazerem suas necessidades. Até as ruas foram planejadas para facilitar a locomoção das pessoas e principalmente incentivar o uso das ciclovias.

O projeto de Campo Mourão faz parte do programa “Minha Casa, Minha Vida”, por isso as residências serão comercializadas com valor médio de R$ 100 mil. Isso mostra que é possível produzir com qualidade e com um preço acessível, levando em conta a responsabilidade social.

Segundo Pelaio, o exemplo de Campo Mourão foi pensado para uma realidade específica, mas o seu conceito pode ser replicado em qualquer lugar do mundo.

Confira a entrevista completa com o arquiteto Giuliano Pelaio.

Por Thaís Teisen - Redação CicloVivo

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

START - Seminário de Sustentabilidade

Edição 2011

As Diferentes Visões da Sustentabilidade

O que a cidade onde você vive, a energia que você utiliza, o lixo que você gera, o banco que lhe empresta dinheiro e a empresa em que você trabalha tem a ver com sustentabilidade?

Praticamente tudo. Sustentabilidade nada mais é que dar continuidade à vida, sustentá-la.

Certo é que as pessoas chegaram a um ponto em que terão de encontrar um sentido mais amplo para tudo o que fazem ou dizem.

O grande desafio é reconstruir nossos modelos mentais, hábitos e padrões comportamentais.

Este é o primeiro passo para impulsionarmos o processo de mudança.

Por isso, o START traz à você a possibilidade de entender quão próximo da sustentabilidade você está e pôr em prática essa transformação.

  • Planejamento de Cidades
  • Consumo Consciente
  • O poder da colaboração
  • O posicionamento das empresas

17 de agosto, Quarta-feira
Local: Leopoldina Juvenil, Porto Alegre

Horário: 16h30min às 21h

Programação

16h30 – Credenciamento e Welcome Coffee

17h30 – Abertura

17h45 – Palestras “As diferentes visões da sustentabilidade”:
Cid Alledi, Professor da LATEC-UFF
Márcio Vasconcelos, Fundación AVINA
Patricia Esteves, Diretora de Marcas Coca Cola Brasil
Edgard Gouveia Jr., Fundador Instituto Elos e Fellow Ashoka

19h00 – Apresentação do World Café
Cid Alledi, Professor da LATEC-UFF

19h10 – World Café: Polinização

20h00 – World Café: Colheita

20h50 – Apresentação Final
Edgard Gouveia, Fundador do Instituto Elos

21h00 – Encerramento


Inscrições pelo site:
http://start.netimpactpoa.org/


Festival de Ideias premiará as melhores inovações para o desenvolvimento social

O Centro Ruth Cardoso promove o Festival de Ideias: inovações para o desenvolvimento social (FdI). Formulado para fomentar soluções criativas frente aos problemas atuais da sociedade, promover a inovação e o empreendedorismo, o FdI é uma rede de colaboração e troca de informações entre empreendedores, investidores e o público em geral.

Por meio de uma plataforma na internet e de um evento presencial na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, nos dias 20 e 21 de setembro de 2011, o FdI se tornará um polo para compartilhamento e discussão de ideias.
O objetivo, de acordo com os organizadores, é facilitar a captação de recursos por autores e colaboradores, por financiamento direto de empresas parceiras e de pessoas físicas, por meio da plataforma Catarse.me.
As ideias inscritas na plataforma de colaboração do Festival de Ideias circularão pela internet durante um mês, período no qual serão avaliadas coletivamente. Qualquer usuário poderá fazer comentários, sugerir detalhes e, se for o caso, se apropriar, modificar e republicar a ideia.

Após o período de troca coletiva, as melhores ideias (no máximo 20) serão selecionadas por uma comissão julgadora e participarão da etapa presencial na Cinemateca Brasileira, onde ocorrerá a premiação em dinheiro (R$ 10 mil cada) das três melhores.

Com o intuito de motivar os participantes, o festival sugere três temas: Violência, Mobilidade Urbana e Catástrofes Naturais.

Mais informações: www.festivaldeideias.org.br

GIFE - HSBC abre primeiro Centro de Treinamento sustentável da América Latina

Com o investimento de R$ 12 milhões, o HSBC adota conceitos de sustentabilidade na reconstrução do seu Centro de Treinamento, em São José dos Pinhais (PR). No local serão realizadas atividades com foco em capacitação e engajamento dos colaboradores para a sustentabilidade, como workshops, visitas guiadas, caminhadas ecológicas e oficinas de reflorestamento. Em um estágio mais avançando, clientes, fornecedores e a comunidade local também serão convidados a participar das dinâmicas. O valor total investido inclui projetos de engenharia, construção e reforma dos edifícios, aquisição de equipamentos e gestão de novos cursos.

A construção de dois novos prédios, com 36 apartamentos, e a reforma de outros três, numa área de 4,2 mil mts2, foram analisadas para que causassem o menor impacto ambiental possível, o que inclui a escolha de materiais regionais e de reuso às instalações que reduzem o consumo de energia e de água.
Além da reforma, o funcionamento do prédio também será sustentável, a começar por ações de ecoeficiência, como coleta seletiva de resíduos e uso consciente de recursos naturais. A preparação de alimentos será feita por cozinheiros que receberão treinamento para aperfeiçoar a utilização e o manuseio de alimentos.

Para a superintendente-executiva de Sustentabilidade do HSBC, Cláudia Malschitzky, as medidas ecoeficientes adotadas na reforma contribuirão também com a redução de impactos ambientais. “Elas serão responsáveis pela redução de aproximadamente 50% de energia elétrica e de água potável. A utilização de aquecimento solar e de água da chuva para os sanitários, ar condicionado com alto rendimento e baixo consumo, iluminação adequada para cada ambiente são os principais fatores para conseguir esses resultados”.

O que faz o Centro de Treinamento ser sustentável:
• Plano de controle de erosão e sedimentação do solo durante a construção;
• Manejo e correta destinação dos resíduos sólidos da construção e demolição, enviados para reciclagem;
• Utilização de materiais de reuso, reciclados, regionais ou de rápida renovação;
• Vidros com isolamento térmico;
• Paredes duplas para isolamento térmico;
• Iluminação com lâmpadas T5 para redução de consumo energético;
• Utilização de gás ecológico no sistema de ar condicionado;
• Coleta seletiva dos resíduos;
• Tratamento de esgoto por filtros biológicos;
• Coleta e utilização da água de chuva para fins não potáveis (banheiros e jardinagem);
• Aquecimento de água com utilização de energia solar;
• Isolamento térmico do piso e telhado;
• Utilização de madeiras certificadas (móveis e pisos).