terça-feira, 28 de junho de 2011

Guia de Sustentabilidade ajuda a avaliar estratégias

A 12ª edição do anuário de EXAME recebe inscrições até o dia 8 de julho


São Paulo - Empresas de todo o país têm até o dia 8 de julho para participar da 12ª edição do Guia EXAME de Sustentabilidade – a maior e mais respeitada pesquisa feita no Brasil sobre práticas de responsabilidade corporativa. As companhias interessadas em fazer parte do levantamento devem se inscrever gratuitamente no site. Uma vez inscrita, a empresa terá de preencher um questionário, que soma cerca de 140 perguntas e está dividido em quatro partes. A primeira aborda questões sobre compromisso, transparência e governança corporativa. As demais tratam das dimensões econômico-financeira, social e ambiental. O prazo final para entrega das informações é dia 8 de julho. Quem formula o questionário e é também responsável pela análise das informações fornecidas pelas empresas é o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVCes), instituição que é hoje a principal referência no tema no Brasil.
O Guia EXAME de Sustentabilidade é uma publicação anual, que atrai dezenas de empresas de diferentes tamanhos e setores interessadas em ter a sua estratégia de sustentabilidade avaliada por uma instituição independente. Isso porque, todas as empresas que preenchem o questionário recebem ao final do processo um relatório de desempenho. Neles, as notas da empresa são apresentadas por dimensão, critérios e indicadores, assim como as médias de todo o universo pesquisado e também das 20 empresas-modelo. Dessa forma, o relatório é uma ótima ferramenta para avaliar a estratégia de sustentabilidade de uma companhia e muitas empresas o utilizam para definir melhorias e correções de rumo. No ano passado, 200 empresas se inscreveram para participar e 143 responderam a todas as perguntas e receberam relatórios de desempenho.
O Guia ainda escolhe 20 empresas que recebem uma reportagem especial na publicação, que chega às bancas em novembro. Para que essa escolha seja feita, o GVCes analisa estatisticamente todas as respostas das participantes de modo a excluir empresas com os piores desempenhos em qualquer das dimensões do questionário. Com base nessa análise, um grupo de cerca de 40 empresas é selecionado e submetido à decisão de um conselho deliberativo independente – formado por especialistas em sustentabilidade – que elege as 20 empresas-modelo. Em 2010, fora escolhidas como empresas-modelo as seguintes participantes: Alcoa, Amanco Brasil, Anglo American, Bradesco, Braskem, Bunge Brasil, CPFL Energia, EDP, Fibria, HSBC, Itaú Unibanco, Masisa, Natura, Philips, Promon, Santander, Suzano, Unilever Brasil, Walmart Brasil e Whirlpool.
Dúvidas sobre o Guia EXAME de Sustentabilidade 2011 podem ser encaminhadas para o e-mail da publicação.

Ana Luiza Herzog

Fonte: Exame.com

Quase 40% das empresas globais não têm planos de sustentabilidade

Segundo levantamento da KPMG, falta de financiamento e de marcos regulatórios são obstáculos para o avanço do setor nas companhias


São Paulo - Apesar das preocupações ambientais crescentes em todo o mundo, a sustentabilidade ainda é um “ponto cego” no planejamento de muitas empresas. Segundo levantamento da área de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da consultoria KPMG, 38% das companhias globais não adotam estratégias verdes em seus negócios.
A pesquisa “Corporate Sustainability: a progress report” - realizada com 378 executivos da alta administração de diversos setores dos EUA, Canadá, Ásia Pacífico, Europa, Oriente Médio, África e América Latina - mostrou que apenas 62% das companhias possuem alguma estratégia em funcionamento para sustentabilidade corporativa, percentual ligeiramente acima dos 50% apresentados em um estudo semelhante em 2008.

Entre as empresas que não dispõem de uma estratégia, mais de 70% esperam ter uma dentro do prazo de um a cinco anos, e 25% indicaram não ter um prazo específico para tal. A pesquisa também indica três principais motivos para o lento progresso das ações verdes dentro das companhias. Primeiro, falta um conjunto de métricas e ferramentas padrão para a mensuração e análise do impacto dos programas de sustentabilidade mundo afora.
Além disso, as empresas pesquisadas reclamam da baixa disponibilidade de financiamento para projetos na área, capazes de colocar a sustentabilidade no mesmo nível de programas operacionais que têm maior retorno sobre investimento de curto prazo. Outro empecilho para a implementação de ações verdes apontado pelo relatório é a ausência de um marco regulatório internacional claro e rigoroso dentro do qual as empresas possam planejar com segurança.
Mesmo assim, pelo menos metade das empresas que têm planos de desenvolver ações na área acreditam que a implementação de programas de sustentabilidade irá contribuir de forma significativa para o resultado final, seja pela redução de custos ou pela maior rentabilidade. Destes, 40% acreditam que a sustentabilidade é uma fonte de inovação e de novos negócios.
“A maioria das empresas entende o que elas têm que fazer estrategicamente em relação à Sustentabilidade, mas essas companhias precisam de ajuda na construção de modelos estratégicos e sistemas de informação para estabelecer quão eficazes elas realmente são na redução da emissão de carbono”, diz Eduardo Cipullo, sócio responsável pela área de Sustentabilidade da KPMG no Brasil. “Uma estratégia baseada em boa mensuração e análise é fundamental para avaliar de forma eficaz a recuperação do investimento financeiro”.

Vanessa Barbosa
Fonte: Exame.com


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Valor compartilhado

Lançado em 2009, o Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado oferece assessoria e suporte financeiro de até 500.000 francos suíços, (mais de US$480.000) a um indivíduo, organização não-governamental ou pequena empresa que trabalhe no campo da nutrição, recursos hídricos ou desenvolvimento rural.

Ele é concedido em anos alternados a uma inovação ou projeto que tenha se mostrado particularmente promissor na melhoria do acesso ou gestão de recursos hídricos, no desenvolvimento da qualidade de vida de agricultores e comunidades rurais ou de melhor alimentação para comunidades que sofrem de deficiências nutricionais.

Para garantir um sucesso de longo prazo, o Vencedor recebe suporte financeiro por um certo período de tempo para poder desenvolver seu projeto ou inovação. Os candidatos podem se inscrever por conta própria ou podem ser indicados por terceiros que estão familiarizados com seu trabalho.

O Vencedor do Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado é selecionado pelo Conselho Consultivo da empresa, um painel independente de especialistas internacionais em estratégia corporativa, nutrição, recursos hídricos e desenvolvimento rural.

Apesar de os inscritos poderem ser de qualquer parte do mundo, sua iniciativa precisa ser implementada em um país em desenvolvimento e ser baseada em um modelo de negócio sustentável. Já deve ter obtido algum sucesso e deve ser considerada viável de forma mais ampla ou em outras comunidades.

O período de inscrições termina em 30 de junho de 2011. O vencedor será anunciado em 2012.

Clique aqui para acessar o site do Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado.

Seguindo rastros

A rastreabilidade é um processo que permite identificar a origem e a localização de um produto na cadeia logística. Ela é utilizada como ferramenta de controle de qualidade e gestão de risco, pois torna possível conhecer o histórico de um item, sua origem, seu uso e seu destino.

Os padrões mundiais de adoção da rastreabilidade são definidos pela norma ISO 22005, parte da ISO 22000, referente aos Sistemas de Gestão de Segurança de Alimentos. A implementação da rastreabilidade já é obrigatória para a indústria alimentícia européia e foi oficializada pelo Regulamento Europeu 178, publicado em 2002.

No Brasil, o setor de carne bovina e de búfalos também possui uma norma legislativa, a Lei Ordinária Nº 12097, aprovada em 2009; e o setor de pesca e aquicultura possui o Decreto-Lei nº 134/2002. O Código de Defesa do Consumidor brasileiro também obriga que os fornecedores informem os clientes e as autoridades sobre as condições dos produtos colocados no mercado.

Considerado um item importante na manutenção da segurança alimentar, os sistemas de rastreabilidade geram benefícios para os produtores. Eles facilitam o mapeamento da cadeia produtiva e logística, otimizando os custos relacionados, melhorando os mecanismos de distribuição e aumentando a transparência do processo. No caso da necessidade de um recall de um determinado produto, o sistema de rastreabilidade colabora com uma ação rápida e mais eficiente.


Uma das iniciativa bem sucedidas de rastreabilidade no Brasil é o programa Qualidade Desde a Origem da rede de supermercados do Grupo Pão de Açúcar. Reconhecido pela ANVISA, esse programa disponibiliza as informações sobre as origens dos alimentos e a rede de fornecedores na internet. São rastreados os produtos hortifruti e as carnes da marca Teaq, exclusiva do Grupo Pão de Açúcar.



Comida certa

As pessoas se preocupam com a quantidade de CO2 que os carros emitem, com a quantidade de água que gastam no chuveiro e com a qualidade do ar que respiram. Por que não se preocuparíam com a qualidade dos nutrientes que ingerem? Para garantir ao consumidor que seu alimento foi produzido de forma ambientalmente correta, existem as certificações de produtos orgânicos e florestais.

Classificar um produto como orgânico significa que ele não sofreu adição de agrotóxicos ou conservantes. A certificação orgânica também garante que a produção é realizada com métodos de agricultura sustentável. No Brasil, os produtos orgânicos são certificados peloIntituto Biodinâmico (IBD) e o EcoCert Brasil.



Além de produtos agrícolas, o IBD também certifica processo de industrialização de alimentos, pecuária, piscicultura (criação de peixes), silvicultura (manejo florestal), e outros relacionados com produtos alimentares. E o Ecocert também realiza certificações de cosméticos orgânicos, produzidos com ingredientes naturais obtidos por intermédio da agricultura sustentável.

  
Relacionadas com alimentação, as certificações florestais são dedicadas aos produtos provenientes da silvicultura, como madeira, frutos e sementes. O manejo florestal sustentável garante que a produção seja realizada dentro das normas legais e que não esgotará os recursos naturais da floresta.

A principal organização de certificação florestal no Brasil é o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC-Brasil). Há dois tipos de certificação realizados pelo FSC: da floresta e do produto. A floresta certificada significa que os recursos são utilizados de forma sustentável e responsável. O produto certificado, também chamado de produto com cadeia de custódia, indica que ele é originado de uma floresta certificada.

No Brasil, a produção de café é um dos setores agrícolas com alta taxa de certificações ambientais, devido à pressão dos consumidores nacionais e internacionais, pois o café brasileiro é um importante produto de importação. As produções de cacau e cana-de-açúcar também lideram a expansão da certificação alimentar no país.



A Fundação SOS Mata Atlântica investiu R$ 39,9 mil num projeto que dará maior mobilidade à equipe

Trata-se de um contrato com a IPconnection, uma das principais integradoras de tecnologia da informação (TI). Pelo contrato e empresa montará um ambiente tecnológico que possibilitará a integração da equipe que trabalha a distância.

“Esse modelo permite inclusive que nossa equipe diminua suas emissões de carbono, evitando deslocamentos desnecessários”, destacou a diretora de Gestão do Conhecimento da ONG, Márcia Hirota. Em entrevista para o Responsabilidade Social.com ela detalha as principais ações da instituição que neste ano completa 25 anos de trabalho em prol da conservação da Mata Atlântica. Ela apresenta ainda os principais planos da entidade para o futuro e faz uma crítica ao texto do Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados. Acompanhe.

1) Responsabilidade Social – A organização não-governamental SOS Mata Atlântica anunciou uma parceria pioneira com o IPconnection, uma das principais integradoras de TI e Telecom. A senhora poderia detalhar qual o principal objetivo dessa cooperação e como ela foi desenhada?
Márcia Hirota - Na verdade não se trata de uma parceria e sim de uma prestação de serviços da IP Connection para a Fundação SOS Mata Atlântica. Esse trabalho foi feito em nossa nova sede e incluiu todas as novas instalações de tecnologia e sistemas para integrar a equipe que trabalha a distância.

2) RS – Qual o valor investido e que tipo de ações estão previstas?
MH- O valor é de R$ 39,9 mil. Ao dar mobilidade e melhores condições de trabalho para nossa equipe, esse trabalho contribui para que as atividades e os projetos de conservação da Mata Atlântica sejam realizados de forma mais eficiente, com rapidez e qualidade. Graças ao sistema instalado, todos os colaboradores têm acesso remoto à rede de arquivos.

3) RS – Na sua avaliação, qual o impacto de parcerias como essa na preservação do meio ambiente e qual o papel da tecnologia hoje nesse processo?
MH - A tecnologia colabora para que nosso trabalho seja mais eficiente e que modelos alternativos de trabalho, como o home office, possam ser aplicados. Esse modelo permite inclusive que nossa equipe diminua suas emissões de carbono, evitando deslocamentos desnecessários.

4) RS – Como as práticas ambientais evoluíram no país nos últimos anos? É possível afirmar que a comunidade – governos, iniciativa privada, instituições do terceiro setor e população – está mais comprometida com essa causa?
MH - Sem dúvida, todos os setores da sociedade estão mais comprometidos e mais atentos à causa ambiental. Ainda há muitos embates a serem vencidos, como a proteção da legislação ambiental, por meio de mecanismos como o Código Florestal, que no momento sofre grande ameaça no Congresso Nacional. Mas a população está cada vez mais atenta e assim precisa se manter, cobrando dos políticos ações de interesse de todos e não de grupos econômicos específicos.

5) RS – Qual a sua opinião sobre o texto do novo Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados? Houve avanços ou trata-se de um retrocesso?
MH - É um tremendo retrocesso. Esperamos que o Senado e a presidente Dilma [presidente da República, Dilma Rousseff] freiem os pontos mais críticos do texto. Pesquisa realizada nesta semana pelo Datafolha mostra que a grande maioria da população também é contra o texto aprovado na Casa.

6) RS – A senhora poderia detalhar quais os principais projetos da SOS Mata Atlântica em curso e como evoluiu a atuação da instituição ao longo dos anos?
MH - A SOS Mata Atlântica comemora 25 anos de existência em 2011. Ao longo destes anos, desenvolveu inúmeros projetos em áreas como monitoramento dos remanescentes florestais por meio de imagens de satélite, restauração florestal, campanhas, aprimoramento das políticas públicas, eventos de conscientização, educação ambiental, manejo de ecossistemas, incentivo à proteção de áreas públicas e privadas na Mata Atlântica e nos ambientes costeiros e marinhos.

7) RS – Quais as metas para o futuro?
MH - Nossas principais metas são garantir a melhoria da legislação ambiental brasileira e envolver cada vez mais a população na luta pela conservação do seu patrimônio natural.

8) RS – Qual o seu entendimento do termo responsabilidade social?
MH - Entendemos que a responsabilidade social é o conjunto de atividades e decisões de uma empresa ou instituição que tem como princípio o respeito aos direitos humanos, alcançando uma sociedade mais justa, ambientalmente e economicamente responsável.


Cynthia Ribeiro

Fonte: http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php?id=1295

Certificação foi entregue no início deste mês pela Prima Mata Atlântica, reconhecida internacionalmente

A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) do Rio de Janeiro recebeu no último dia 10 o título de primeira escola técnica do Brasil neutra em carbono. A certificação foi concedida pela Prima Mata Atlântica e trata-se de um reconhecimento ao projeto socioambiental de combate ao aquecimento global, desenvolvido no Campus de Quintino, na Zona Norte do Rio.

A iniciativa, batizada de ‘Faetec Neutra em Carbono’, é pioneira e segundo o presidente da instituição, Celso Pansera, poderá ser estendida para outras unidades da fundação. “É fundamental para uma instituição de grande porte como a fundação abraçar e investir na campanha contra o aquecimento global. Estamos atentos a isso”, defende.

Para neutralizar a emissão de gás carbônico estão sendo plantadas 2,6 mil mudas de plantas nativas da Mata Atlântica no campus, número necessário para neutralizar a emissão de carbono da unidade, que é de 520 toneladas por ano. “Temos a responsabilidade com a inovação, com a criação de alternativas para um futuro mais consciente. Esse é um pequeno ato simbólico, mas do ponto vista histórico, é de suma importância. A fundação, com certeza, vai deixar um grande legado para as gerações futuras”, completa Pansera. .

No cálculo da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) entram itens como energia elétrica, gás combustível, resíduos orgânicos dos restaurantes, frota de automóveis da fundação, transporte aéreo. Por dia, chegam a circular 15 mil pessoas no campus de Quintino, entre alunos, servidores, prestadores de serviços e comunidade do entorno.

O Selo Prima Mudanças Climáticas é validado pela Rede Brasileira de Informação Ambiental (Rebia); pelo Grupo Brasil Verde (GBV); e pelo Projeto Bolsa Brasileira de Commoditties Ambientais (Bece). Vale destacar que a Prima Mata Atlântica é reconhecida nacionalmente com oito anos de existência.

O respaldo internacional está a cargo da Associação para a Valorização do Ambiente, Cultura, Patrimônio e Lazer (Ocre), sediada em Castelo de Vide, Portugal e pelo Sistema de Integração Municipal América Área Sul (Simaas) que envolve diversos países latino-americanos.

A Faetec é vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e oferece educação profissional gratuita, em diversos níveis de ensino. Criada em 1997, a instituição reúne escolas técnicas estaduais; unidades de educação infantil, ensino fundamental, industrial e comercial; institutos superiores de educação e tecnologia, e centros de educação tecnológica e profissionalizante.


Fonte: http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php?id=1297

Ações serão implementadas nos próximos cinco anos e objetivam garantir a preservação da floresta, crescimento econômico e distribuição de renda

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) do Pará está costurando um amplo programa indutor para a transição da economia local para um modelo mais sustentável. A proposta é aplicar técnicas modernas em cadeias produtivas da biodiversidade, como por exemplo, alimentos e dermocosméticos, num movimento que vai na contramão do desmatamento.

“O Pará não pode depender de uma matriz econômica pautada na derrubada da floresta e na perda da biodiversidade. Nossa maior riqueza são nossos recursos renováveis”, destaca o secretário, Alex Fiúza de Mello. De acordo com ele, a ideia é ampliar a cadeia produtiva paraense e atender desde o pequeno produtor aos grandes empresários.

As ações serão implementadas entre 2011 e 2015. A criação dessa cadeia é consequência de um estudo coordenado pela Sedect, que identificou como principais produtos de apelo comercial e não madeireiros os fitoterápicos, como breu branco, inajá, copaíba, murumuru, semente de cupuaçu, semente de cumaru e leites.

Em alimentos funcionais foram apontados o açaí, cacau, castanha, buriti, bacuri, palmito, bacaba, taperebá e cupuaçu. A lista inclui, ainda, cosméticos e corantes obtidos a partir desses produtos vegetais. “Agora vamos focar os investimentos nesses empreendimentos e definir uma estratégia de gestão que some e não divida esforços públicos e privados”, elencou.

O programa foi batizado de Biopará e contará com recursos do Estado destinado à pasta de ciência e tecnologia para o próximo quadriênio, com acréscimo de recursos captados no sistema federal e na iniciativa privada. A gestão apostará na ação compartilhada, ou seja, a secretaria espera trabalhar com outros órgãos, num formato que agregue empresários, universitários e governo.

“O programa será a coluna-mestra das ações da secretaria, permeando a maioria das políticas públicas em gestação para o setor de ciência, tecnologia e inovação (CT&I)”, diz. Ainda segundo Fiúza, um dos desafios mais urgentes é a definição da engenharia de gestão entre os vários atores institucionais. “Não pode a burocracia ter prevalência sobre os resultados perseguidos”, pontua.

Espera-se a qualificação de recursos humanos, valorização da floresta em pé, implantação de certificados de laboratórios, implantação de pequenas usinas e fábricas, além da criação de um selo para certificação de produtos. “Hoje um dos impedimentos para a exportação dos produtos da floresta é a ausência de um selo de qualidade, e o Biopará deverá enquadrar todos os segmentos da cadeia produtiva”, planeja o secretário.

Ainda de acordo com ele, a biodiversidade local será explorada com racionalidade e com aplicação adequada do conhecimento científico, o que dará sustentabilidade a uma economia do futuro, gerando novos ramos da atividade econômica, com maior inclusão social e geração de emprego e renda. “O ciclo do minério é datado, pois está baseado na exploração de recursos não-renováveis”, avalia.


Cynthia Ribeiro

Fonte: http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php?id=1300

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Capital ganha prêmio em sustentabilidade social

Pelo segundo consecutivo, a capital gaúcha é distinguida nacionalmente entre as melhores práticas no desenvolvimento do Turismo. Desta vez, a premiação foi dada à Escola Social de Turismo de Porto Alegre, criada pela Secretaria Municipal do Turismo (SMTur) e escolhida como case de sucesso em “sustentabilidade social” pelo Ministério do Turismo na implementação do Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil. No ano passado, a rota turística Caminhos Rurais de Porto Alegre foi distinguida nacionalmente na categoria “atrativos turísticos”. Os casos vencedores da edição deste ano foram divulgados no final do dia de montem, 20, e receberão o Troféu Roteiros do Brasil, em cerimônia solene, por ocasião do 6º Salão Brasileiro do Turismo, dia 14 de julho, no Parque Anhembi, em São Paulo (SP).

Sensibilização - A Escola Social de Turismo de Porto Alegre foi concebida para promover a sensibilização da sociedade sobre o papel que a atividade turística desempenha no desenvolvimento econômico e social da cidade e também para atender à crescente demanda por qualificação de trabalhadores e empreendedores do setor a respeito de informações atualizadas sobre os atrativos locais, noções básicas de idiomas, acolhimento e hospitalidade. Os projetos desenvolvidos pela SMTur na escola são o Turismo Fazendo Escola, Um Dia de Turista, Porto Alegre Turística, Encontros Técnicos Dicas Turísticas e o Guia Básico de Línguas. O público-alvo são trabalhadores da área de atendimento ao turista, estudantes de turismo e áreas afins, servidores públicos municipais e comunidade em geral. 

O secretário municipal de Turismo, Luiz Fernando Moraes, comemora a nova premiação especialmente tendo em vista o segmento em que a cidade se destacou. “Assim como acontece com o Turismo Rural, a sensibilização para o turismo é uma área em que as capitais brasileiras não têm praticamente investido”, afirma. Moraes lembra que, além de ter em vista a Copa 2014, os projetos em andamento pela Escola Social do Turismo são focados na permanência. “Uma comunidade sensibilizada para a importância do turismo e profissionais qualificados são ativos importante para um destino, sempre”.

Ações - O projeto “Turismo Fazendo Escola” foi lançado em março de 2010 em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. No primeiro ano atendeu 2.440 alunos e professores da rede municipal de ensino e deve envolver 2.862 pessoas em 2011. Em dois encontros semanais, alunos e professores participam de palestras e projeção de vídeo sobre o turismo em Porto Alegre, visitam o Museu Joaquim José Felizardo, fazem o city tour no Linha Turismo e recebem o jogo “A Corrida do Turismo” para atividades em sala de aula. Neste ano, o envolvimento dos professores e coordenadores pedagógicos foi ampliado com o curso “Viver Porto Alegre: Turismo, Cultura e Meio Ambiente”. Neste ano, durante a Semana de Porto Alegre, o projeto “Um Dia de Turista”, em parceria com a Fasc, envolveu 83 crianças e jovens carentes e um grupo de jovens com deficiência auditiva, recebidos por hotéis da cidade para um café da manhã e visita às instalações, acompanharam palestra sobre turismo, passearam no Linha Turismo, almoçaram em um restaurante da cidade e visitaram o Museu de Ciências e Tecnologia da PUC. 

O “Porto Alegre Turística” destina-se à qualificação de trabalhadores da iniciativa privada, entidades do trade turístico, universidades e demais segmentos relacionados ao setor. A partir deste mês, promoverá encontros semanais de vivência turística no Linha Turismo e palestra sobre a cidade. Além de certificado, os alunos receberão uma apostila com as informações apresentadas no curso. Em parceria com a Escola de Gestão Pública de Porto Alegre (EGP), desde o início deste mês o curso é oferecido aos servidores públicos municipais, mensalmente. 

Em parceria com o Sindicato de Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (SindPoa), desde 2007 são desenvolvidos os Encontros Técnicos Dicas Turísticas”, que qualificaram 819 profissionais até 2010 e, de janeiro a maio de 2011, 132 profissionais da área. O projeto capacita profissionais da hotelaria e gastronomia de Porto Alegre que atuam na linha de frente do atendimento ao turista e serem multiplicadores da informação turística sobre a cidade. 

Em abril deste ano, por meio da Escola Social de Turismo, foi lançado o Guia Básico de Línguas. Editada em português/inglês e português/espanhol, a série é composta por livretos de bolso temáticos para as áreas de hotéis, aeroporto, transporte, gastronomia e compras com a finalidade de ajudar profissionais desses segmentos relacionados ao receptivo da cidade a se comunicarem com turistas estrangeiros, servindo de apoio aos cursos de capacitação em idiomas desenvolvidos por empresas e entidades do setor.

Fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=142591&CAPITAL+GANHA+PREMIO+EM+SUSTENTABILIDADE+SOCIAL

Prêmio Instituto Claro reconhece projetos inovadores

O Instituto Claro dá início a 3ª edição de seu Prêmio – Novas Formas de Aprender e Empreender. O objetivo da iniciativa é estimular e reconhecer projetos de educadores e empreendedores sociais de todo o país que contenham ideias inovadoras para o uso das novas tecnologias na educação, dentro da Escola ou na Comunidade. Serão R$ 150 mil em prêmios aos vencedores, que poderão participar na modalidade “Inovar na Escola” ou “Inovar na Comunidade”.

Podem participar educadores e professores, instituições educativas formais e não-formais, organizações do terceiro setor e público em geral, de todas as regiões do Brasil. Como requisito para inscrição é necessário que a ideia apresentada seja inovadora e com potencial de causar impactos positivos nos processos de aprendizagem. Também é importante que o participante tenha perfil articulador, de modo que possa identificar possíveis parceiros para auxiliar na implementação do projeto e efetivamente colocá-lo em prática.

Projetos premiados
Para os vencedores das edições anteriores, o prêmio é uma forma de reconhecer um trabalho desenvolvido ou mesmo incentivar uma ideia a ser implementada.

No ano passado, um dos projetos vencedores foi a “Gincana Tecnológica de investigação em química”. Realizada pelo Centro de Ciências de Araraquara (SP), a iniciativa irá trabalhar ao longo de 2011 com cerca de 10.000 alunos de escolas municipais, estaduais e particulares do município de Araraquara. O responsável pela ideia, Luiz Antônio Andrade de Oliveira, mostra como sua participação foi importante para colocar em prática uma forma diferenciada de ensino e aprendizado. "O prêmio nos motivou, e ajudará na divulgação do conhecimento, no estímulo à participação, e na consolidação de uma metodologia interativa para se trabalhar com a química".

Já um dos contemplados da primeira edição, em 2009, foi o projeto “Convergência de mídias do curso regular de ensino à distancia”, do Colégio Militar de Manaus (AM), que atende os filhos de militares que servem em pelotões de fronteira do Exército na Amazônia. “Inscrevemos nossa ideia visando mudar os materiais didáticos utilizados naquele momento. Com o apoio do Prêmio Instituto Claro, melhoramos muito a qualidade dos nossos cursos”, explica o Major Robson, idealizador da iniciativa.

Desde 2009, o Prêmio Instituto Claro teve mais de 2.750 inscrições de todos os estados brasileiros. Ao todo foram selecionados 12 projetos que receberam no total R$ 250 mil em prêmios. “O Prêmio reflete a evolução do uso das tecnologias dentro e fora da escola e também em benefício da qualidade de vida das comunidades. Estamos muito satisfeitos com a evolução dessa iniciativa e por podermos mapear ações que estão sendo desenvolvidas em todo o Brasil”, afirma a vice-presidente do Instituto Claro, Carime Kanbour.

As inscrições para essa terceira edição são gratuitas e devem ser feitas pelo site do Instituto - www.institutoclaro.org.br, onde também é possível consultar o regulamento do concurso. O prazo para participar é até 09 de agosto e a premiação acontecerá até dezembro de 2011. Todos os projetos serão avaliados por uma comissão técnica composta por especialistas em educação, empreendedorismo e tecnologia e liderada por Paula Carolei, doutora em educação.

Infográficos – Como fazer um projeto dar certo 
Para essa edição do Prêmio, o Instituto Claro desenvolveu um Infográfico com orientações gerais de apoio para as pessoas que desejam colocar em prática suas ideias e inscreverem seus projetos. Nesse material, disponibilizado gratuitamente no portal do Instituto, é possível encontrar um passo a passo com dicas como: identificar uma demanda, reconhecer a relevância do projeto, pensar nos processos para a implementação, a importância de estruturar um cronograma, pensar no orçamento e também os resultados esperados.

“Observamos que, muitas vezes, as pessoas têm vontade de participar, mas não sabem por onde começar. Ao produzir esse infográfico queremos mostrar que não é algo complicado de ser realizado e, ao mesmo tempo, motivar para que ainda mais pessoas participem e estruturem melhor os seus projetos”, finaliza Carime.

Mais informações pelo site www.institutoclaro.org.br/premio, e-mail premio@institutoclaro.org.br ou pelo telefone (11) 3171.0998, das 13h às 18h

Fonte: http://www.gife.org.br/artigo-premio-instituto-claro-reconhece-projetos-inovadores-14240.asp