Franquia social pioneira no Brasil já qualificou mais de 17 mil jovens
para o mercado de trabalho.
Numa época em que tanto se fala de falta de emprego, da baixa qualificação da mão de obra para as vagas existentes e da dificuldade de oportunidade para a entrada do jovem no mercado de trabalho, uma alternativa que se mostra totalmente viável para reverter esse quadro é o Projeto Pescar. Idealizado há 35 anos, pelo empresário gaúcho Geraldo Tollens Linck, o projeto surgiu a partir da filosofia inspirada no provérbio de Lao Tsé: de não dar o peixe, mas, sim, ensinar a pescar.
A Tecnologia Social Pescar é compartilhada com organizações franqueadas em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal, que mantêm suas próprias unidades do Projeto Pescar e encaminham os jovens capacitados ao mercado de trabalho. Estas promovem cursos com a aprendizagem básica para o exercício de uma profissão nas áreas de: Indústria; Imagem Pessoal; Turismo e Hospitalidade; Informática; Gestão; Comércio; Comunicação; Construção Civil. Ao todo, são 145 organizações em 72 municípios brasileiros, além de 22 unidades no Exterior (21 na Argentina e uma no Paraguai).
Mas além do aperfeiçoamento teórico, os jovens são estimulados a adotar novos hábitos e atitudes de convivência e cidadania. Em 2010 o Projeto Pescar ofereceu 97.562 horas de formação, resultando numa média de 848 horas por jovem. Colaboram para isso os quase 3 mil voluntários que atuam em prol de um futuro melhor para estes adolescentes e suas famílias.
Atualmente, são mais de 2.700 jovens atendidos, que se somarão aos 17.479 já formados até 2010. A média de aproveitamento destes profissionais no mercado é alta: cerca de 70% deles encontram uma colocação no mercado de trabalho nacional logo após a sua formatura.
Programa Jovem Aprendiz Pescar
O Projeto Pescar foi reconhecido como Programa de Aprendizagem pelo Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e pelo Ministério do Trabalho e Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego. Com isso, ao participarem do Programa Jovem Aprendiz Pescar, as organizações franqueadas que mantêm Unidades, além de desenvolver um Projeto de Responsabilidade Social, podem também preencher suas cotas de Aprendizagem (Lei n° 10.097/2000 - conhecida como Lei do Aprendiz).
Como um diferencial aos outros programas existentes, a Fundação desenvolveu seus próprios modelos de planos de curso e de contratos de Aprendizes, o que qualifica seu atendimento. Os programas dos 35 cursos nas oito áreas de formação abrangem 60% de Desenvolvimento Pessoal e Cidadania e 40% da parte Técnica na Área da organização franqueada.
História
Idealizado em 1976, pelo empresário gaúcho Geraldo Tollens Linck, fundador e então presidente da Linck S. A., o Projeto Pescar já acumula 35 anos existência. A idéia surgiu quando Linck resolveu montar uma sala, nas dependências da própria empresa, para atender aos 15 jovens em vulnerabilidade socioeconômica selecionados nas comunidades do entorno da Linck S. A., que fariam o curso de Iniciação Profissional em Mecânica Geral Automotiva. Estava criada a primeira Unidade do Projeto Pescar.
Desde 1995, o Projeto é administrado pela Fundação Projeto Pescar, uma organização não governamental, sem fins lucrativos, mantida por empresas e apoiada por instituições privadas e públicas, nacionais e internacionais.
Nestes 35 anos dedicados à profissionalização para o mercado de trabalho e ao desenvolvimento pessoal, o Projeto Pescar já recebeu diversas premiações. Destacam-se o Prêmio Tecnologia Social - 1ª Edição – 2001, pela Fundação Banco do Brasil, o Prêmio Responsabilidade Social 2006, cedido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, o Prêmio Direitos Humanos no Rio Grande do Sul 1998, realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Prêmio Líderes & Vencedores 2007, da Federasul, o Prêmio ARF 2008, da Associação Riograndense de Fundações (ARF), na categoria Inovação em Gestão e o Top Premium Brasília, do Hospital Brasília (2009), e o Top Cidadania 2010, da Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH-RS, na categoria Instituições sem fins lucrativos, entre outras importantes distinções ao longo destas mais de três décadas de trabalho.
Daniel Rodrigues - Jornalista
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