quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Participe do START - Seminário de Sustentabilidade

Sustentabilitá Contultoria em Responsabilidade Social Porto Alegre RS

Cidades sustentáveis em debate no MMA

Quando se pensa em meio ambiente, a primeira ideia são as florestas. Mas as ruas das zonas urbanas também fazem parte das preocupações ecológicas. Por esse motivo, o MMA iniciou ontem uma oficina com técnicos do Governo Federal e cientistas que vão debater "Cidades Sustentáveis". O encontro, que será realizado em três dias, vai resultar em uma agenda ambiental que norteará políticas públicas nacionais para os próximos anos. 

- O meio ambiente se relaciona com o uso do solo, mobilidade urbana, qualidade do ar, poluição sonora e construções. Essa é uma temática muito ampla e precisamos focar em abordagens específicas que vão orientar nossas ações - disse o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Nabil Bonduki, durante a abertura da oficina. 

O secretário enfatizou que o MMA tem estimulado que as políticas públicas sejam aplicadas em conjunto de cidades vizinhas, organizadas, por exemplo, em consórcios regionais, ou que estados se juntem para obter um melhor retorno dos seus investimentos. Nabil Bonduki citou que mananciais não se limitam à geopolítica e também que a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê novas logísticas para tratamento do lixo. 

A primeira apresentação da oficina foi da arquiteta Liza Andrade, consultora do MMA. Ela fez uma exposição sobre as metodologias a serem desenvolvidas e falou sobre os principais aspectos a serem abordados, como a degradação provocada por ocupação de áreas que deveriam ser preservadas, como encostas e margens de córregos e rios. 

Liza Andrade citou o Atlas Brasil, lançado neste ano pela Agência Nacional de Águas (ANA), que tem a perspectiva de que 55% dos 5.565 municípios brasileiros podem ter déficit no abastecimento de água nos próximos anos. 

A arquiteta também falou dos avanços na área de saneamento básico no Brasil entre os anos 2000 e 2008. O esgoto coletado, que era de 35,3% passou para 68,8%, e os lixões que estavam em 72,3% das cidades hoje estão em 50,8%, devido às políticas desenvolvidas pelo Governo Federal. 

As cidades, que ocupam 1% do território nacional, concentram 85% da população brasileira, em processo insustentável de urbanização. Esse tema foi abordado durante o primeiro dia da oficina promovida pelo MMA. Entre os assuntos enfocados estiveram não apenas o saneamento, mas o excesso de automóveis, a carência de parques e a inclusão de aspectos ambientais nas obras públicas e privadas. 

Nos próximos dias serão debatidos os espaços territoriais especialmente protegidos que têm a função de preservar recursos hídricos, paisagem, a reprodução da fauna e da flora. (Fonte/ MMA)

Fonte: Ecoverde por Agostinho Vieira

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O BRASIL TERÁ A MAIOR FÁBRICA DE BIOPOLÍMEROS DO MUNDO


The Dow Chemical Companye a Mitsui & Co. Ltd, de Tóquio, Japão formaram uma nova joint venture visando fornecer soluções de produtos inovadores e sustentáveis para os mercados mundiais de produtos médicos, de higiene e de embalagens flexíveis de alta performance. Isso representa a maior aposta de biopolímeros do mundo e é o maior investimento da Dow no Brasil, um país em que a empresa atua com sucesso há mais de 50 anos.
Segundo os termos do acordo, a Mitsui se tornará um parceiro com participação de 50% na crescente operação de cana-de-açúcar da Dow em Santa Vitória, Minas Gerais, Brasil. O escopo inicial da joint venture inclui a produção de etanol derivado da cana-de-açúcar como matéria-prima e fonte de energia renovável, trazendo novas alternativas para a Dow com base em biomassa, substituindo, assim, os tradicionais recursos fósseis.
A primeira fase do projeto inclui a construção de uma nova unidade de produção de cana-de-açúcar para etanol em Santa Vitória, com um investimento entende-se para além de USD 2 bilhões. A construção está prevista para começar no terceiro trimestre de 2011. Embora a embalagem será uma peça-chave da fabrica do bio-plástico da Dow e a Mitsui, outros produtos também vêm sair dela, destinados para as indústrias médicas e farmacêuticas.
Uma vez concluída, a Dow e a Mitsui terão a maior fabrica integrada do mundo para a produção de biopolímeros feitos a partir de etanol renovável derivado da cana-de-açúcar. O projeto vem ao encontro do objetivo da Dow de desenvolver soluções de baixo carbono para atender os prementes desafios globais de energia e mudanças climáticas.
Uma vez em operação, essa plataforma será integrada à cana-de-açúcar renovável, permitindo a produção ambientalmente sustentável de plásticos de alta performance com reduzida pegada de carbono. Os biopolímeros produzidos nessa unidade serão uma alternativa verde e drop-in substitutos para os mercados de embalagens flexíveis de alta performance, de produtos médicos e de higiene, oferecendo os mesmos atributos de desempenho com um perfil ambiental mais sustentável.
Em comparação com os plásticos de combustíveis fósseis, bio-plásticos são considerados mais respeitadores do ambiente. Experimentos primitivos com a produção de bio-plástico ocorreram na década de 1950, mas as técnicas de fabricação e processos tornaram-se muito mais refinados nos últimos tempos.
A Dow América Latina tem 4.400 funcionários, 27 fábricas, 15 escritórios, 14 centros de pesquisa, e vendas anuais de USD 6,2 bilhões (com vendas globais de USD 53,7 bilhões). A Dow está presente na região há mais de 50 anos.
A Mitsui & Co. Ltd. é uma das empresas mais diversificadas do mundo em trading, investimentos e serviços. Com sede em Tokyo, a Mitsui mantém uma rede global com 151 escritórios, 461 subsidiárias e empresas associadas em todo o mundo.

Fonte: http://excelenciaemembalagem.wordpress.com/2011/08/06/o-brasil-tera-a-maior-fabrica-de-biopolimeros-do-mundo/




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Participe do START - Seminário de Sustentabilidade

Data: 17 de agosto de 2011
Horário: 16h30 às 20h30
Local: Associação Leopoldina Juvenil - Rua Marquês do Herval, 280
Evento: START – Seminário de Sustentabilidade
Público: empresários e jovens universitários.

O mundo corporativo está entrando na “Era da Sustentabilidade”. De acordo com estudo, conduzido pela Accenture em parceria com a United Nations Global Compact, 93% dos CEOs entrevistados disseram que responder questões de sustentabilidade será fundamental para o sucesso de suas empresas nos próximos dez anos.

“O Desenvolvimento Sustentável oferece vastas oportunidades de negócios durante as próximas décadas – avaliadas em 6,2 trilhões de dólares – para empresas que tiverem visão para liderar.” World Business Council for Sustainable Development, em um relatório liderado por Alcoa, PwC, Storebrand e Syngenta.

Para alguns, agir de maneira sustentável é uma questão de ética, já que importantes problemas da humanidade só poderão ser resolvidos pela ação coletiva. Para outros, o desafio do desenvolvimento
sustentável é uma oportunidade de negócios.

É a fusão dessas duas visões – obrigação moral e oportunidade de negócios – que move a transformação das empresas para modelos sustentáveis de negócio. Os agentes econômicos, cada vez mais atentos a essa questão, não perdoam mais discursos paliativos e ações superficiais.

A Amcham Porto Alegre e a Net Impact Porto Alegre convidam empresários, gestores e estudantes à reflexão quanto ao tema e provocam líderes ao questionamento: estamos prontos para promover mudanças e prontos para aproveitar as oportunidades oriundas deste novo cenário?


Site

Facebook  http://facebook.com/startsustentavel

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ABRH-RS realiza curso de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho


Com 12 horas de carga horária, a formação acontece de 09 a 12 de agosto, em Porto Alegre. As inscrições podem ser feitas pelo site www.abrhrs.org.br.
A Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Rio Grande do Sul ABRH-RS disponibiliza, entre os dias 09 e 12 de agosto, a capacitação em Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho. Os encontros acontecem das 19h às 22h, na sede da entidade, em Porto Alegre Rua dos Andradas, 1234, sala 1802 – 18° andar – Porto Alegre. As inscrições podem ser feitas pelo site www.abrhrs.org.br.

Voltado para profissionais que buscam conhecimentos referentes aos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, o curso será dividido em quatro módulos. Os instrutores Luis Carlos Slavutzki e Raul Astor Panzer abordarão questões como evolução da Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho, exames ocupacionais, doenças do Trabalho, insalubridade e periculosidade, além da troca de experiências sobre ações e políticas praticadas nas empresas, no que se refere à saúde e segurança.

Mais informações no site

www.abrhrs.org.br ou pelo telefone 51 3254-8222. 

Prêmio Instituto Claro - Novas formas de aprender e empreender, inscrições abertas até 9 de agosto

Até dia 9 de agosto, educadores e empreendedores sociais, que desenvolvem projetos inovadores para o uso de novas tecnologias na educação em escolas e comunidades, poderão se inscrever para a 3ª Edição do Prêmio – Novas Formas de Aprender e Empreender, promovido pelo Instituto Claro. Os vencedores receberão R$ 150 mil em duas modalidades "Inovar na Escola” ou “Inovar na Comunidade”. Como requisito para inscrição, é necessário que a ideia apresentada seja inovadora e com potencial de causar impactos positivos nos processos de aprendizagem.
Saiba mais e inscreva-se: https://www.institutoclaro.org.br/premio

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Conferência Ethos 2011 debaterá nova economia

A Conferência Ethos deste ano, que será realizada entre os dias 8 e 9 de agosto de 2011, em São Paulo, está adotando um novo formato desde o seu planejamento. Alinhado com os princípios da Plataforma por uma Economia Inclusiva, Verde e Responsável, iniciativa que lançou em fevereiro passado, em parceria com a Alcoa, a CPFL, a Natura, a Suzano, a Vale, o Walmart e a Roland Berger, o Instituto Ethos decidiu aproveitar sua conferência anual para promover os debates que levarão à produção conjunta da pauta central de uma agenda de transição para essa nova economia.

Como tema “Protagonistas de uma Nova Economia Rumo a Rio + 20”, as discussões deste ano visam avaliar os avanços e gargalos do país na direção desta nova economia. O programa do evento está sendo construído com a participação de diferentes organizações do setor empresarial, sociedade civil, organizações de trabalhadores, área acadêmica e setor público, de modo a garantir as diferentes visões de uma sociedade justa e sustentável.


Conferência Ethos
Data: 8 e 9 de agosto, 2011
Local: Centro Fecormércio de Eventos – São Paulo/ SP
Rua Doutor Plínio Barreto, 285 – São Paulo / SP
Mais informações e inscrições:
http://www.ethos.org.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Inscrições para Grupo de Estudo em Responsabilidade Social e Sustentabilidade prorrogadas até dia 5 de agosto

A ABRH-RS prorrogou até dia 5 de agosto as inscrições para o Grupo de Estudo em Responsabilidade Social e Sustentabilidade. 

A inscrição pode ser feita no site da ABRH-RS: www.abrhrs.org.br

Mais informações podem ser obtidas através do telefone (51) 3254-8253 ou pelo e-mail gruposdeestudo@abrhrs.org.br. 



Brasil precisa de marco regulatório para economia verde, defende Embrapa

A agricultura será um forte indutor para tornar a economia brasileira de baixo carbono. Essa é a opinião do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes. De acordo com ele, o segmento é capaz de fornecer diversos serviços, como sequestro de carbono e proteção de áreas verdes, e ter bons resultados entre cinco e dez anos, prazo impensável para o setor industrial.

Entretanto, ele lembra que é fundamental instituir um marco regulatório voltado para a economia verde nacional que contemple regras para a certificação de produtores rurais que adotam a prática de sustentabilidade nas propriedades agrícolas. “Não precisa existir contradição entre o meio ambiente e a agricultura”, defendeu durante a 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Goiânia (GO), de 11 a 15 deste mês.

"A agricultura será a indústria do futuro e pode ser a propulsora da descabornização de nossa economia", completou. Dados apresentados por ele apontam que a safra de 2011/2012 pode alcançar 170 bilhões de toneladas de grãos. O valor bruto da produção nacional é da ordem de US$ 177 bilhões por ano. O setor responde por 28% do Produto Interno Bruto (PIB), emprega 37% da força de trabalho e as exportações ultrapassam a casa dos 40%.

Para ele, a adoção de políticas corretas pode evitar novos desmatamentos no campo e garantir uma maior produção de alimentos alinhada à sustentabilidade, mesmo na agricultura irrigada. Arraes, disse, ainda, acreditar que chegará o momento em que o país cobrará o custo da água irrigada utilizada das bacias hidrográficas, seguindo os padrões mundiais.

“O desafio da agricultura brasileira é manter a atual extensão de terra cultivada e alavancar mais a produtividade pela implementação da tecnologia”, disse. Hoje o segmento está entre os que mais recebem investimento em ciência e tecnologia (C&T). Dos 1,61% do PIB investido em C&T anualmente, cerca de 12% são direcionadas para a área agrícola.

O Cerrado também tem potencial para tornar o país uma potência mundial agrícola, ambiental e energética (renovável) nos próximos anos. Segundo a Embrapa, a produtividade de grãos nesse bioma vem superando a média nacional, em decorrência do acesso à C&T e da implementação de políticas públicas favoráveis de fomento ao campo.

Para se ter uma ideia, a produtividade do milho no Brasil atingiu em média 3,5 mil por hectare, enquanto a do Cerrado foi de 12 mil. A da soja, a principal commodity agrícola cultivada no país, principalmente em Mato Grosso, atingiu 2,6 mil, abaixo da produtividade de 3,9 mil por hectare apurados no Cerrado.

Questionado sobre o texto do novo Código Florestal, Pedro Arraes destacou que a proposta tem um viés ideológico e não está apoiada num embasamento técnico sobre os impactos no campo. Ele chamou a atenção para a necessidade de o país avançar no atual texto para evitar novos desmatamentos das florestas. "Hoje o Brasil já tem área suficiente para ser o celeiro agrícola do mundo", concluiu.


Cynthia Ribeiro

Fonte: http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php?id=1314

Entrevista com Adriana Gribel, diretora da Tenco Realty

A diretora da Tenco Realty, Adriana Gribel, explica como a empresa espera estimular práticas ambientalmente e socialmente corretas no mercado de shoppings centers. A empresa mineira atua não só no planejamento, bem como desenvolve e gerencia centros de compras em seis Estados brasileiros.

“Na prática, o que fizemos foi incorporar esse conceito em nossos empreendimentos, desde a concepção do shopping, passando pelo projeto arquitetônico até a operação diária”, disse com exclusividade para o Responsabilidade Social.com. Na entrevista, ela mostra quais as principais medidas adotadas e qual o impacto para o consumidor. Confira.

1) Responsabilidade Social - A Tenco Realty, empresa mineira que planeja, desenvolve, gerencia e administra shoppings centers, lançou o conceito “garden” nos empreendimentos que desenvolve. A senhora poderia detalhar qual a principal proposta desse mecanismo e quais critérios estão envolvidos?
Adriana Gribel – Trata-se de um novo posicionamento baseado no tripé da sustentabilidade, ou seja, projetos economicamente viáveis, com geração de empregos, impostos, rentabilidade para lojistas e investidores; ecologicamente corretos, com iluminação natural, tratamento de esgotos para reutilização da água para ar condicionado, limpeza e irrigação, investimento em energia limpa como a eólica ou a solar para o funcionamento dos empreendimentos; e socialmente justos, com respeito aos valores culturais e sociais de cada região. Os projetos também contam com acessibilidade arquitetônica e oferecem treinamento e formação profissional para jovens das localidades onde os shoppings são implantados.

Esse novo olhar sobre o segmento é uma inovação da empresa que derruba a barreira que ainda existe entre consumo e sustentabilidade, promovendo a consciência ambiental entre consumidores, fornecedores e lojistas. Na prática, o que fizemos foi incorporar esse conceito em nossos empreendimentos, desde a concepção do shopping, passando pelo projeto arquitetônico até a operação diária. Além dessas questões, o conceito também incorpora o apoio a instituições sociais locais e o desenvolvimento de uma comunicação franca e estratégica com a comunidade, ONGs e governo.

2) RS – Como é pautada a política de responsabilidade social do grupo?
AG - Nossa política social não está restrita a uma área ou equipe. Ela está presente na condução dos nossos projetos e decisões, por meio de uma gestão empresarial estabelecida sobre padrões éticos de relacionamento, não apenas com comunidades em risco social, mas, especialmente, e de forma prioritária, com a equipe de colaboradores, clientes, fornecedores, consumidores, lojistas e stakeholders.

Destaco também a realização anual do Dia Garden, durante o mês do meio ambiente, em junho. Neste ano, incentivamos nossos funcionários, parceiros, fornecedores e empresas terceirizadas a realizarem ações verdes. Fizemos uma campanha dividida em quatro ações, cada uma com informações, dicas e curiosidades sobre temas como economia de papel, coleta seletiva, economia de energia e economia de impressões.

A ideia foi valorizar e divulgar o que cada município em que a empresa atua tem feito de diferente nas questões ambientais. Entre os exemplos, estão a proibição do uso de sacolas plásticas na capital mineira, totalizando menos 13 milhões de ameaças ao meio ambiente; e a troca de materiais recicláveis por mudas de plantas desenvolvida em Juazeiro do Norte, no Ceará.

Além de divulgar essas boas ações e buscar motivar as pessoas a fazer algo pelo nosso planeta, desenvolvemos uma ação em rede de conscientização e de arrecadação de alimentos em seis cidades onde a empresa atua. Os donativos arrecadados foram repassados para instituições do terceiro setor de Arapiraca (AL), Belo Horizonte (MG), Betim (MG), Juazeiro do Norte (CE), Macapá (AP) e Taubaté (SP).

3) RS – Na sua opinião, a prática evoluiu ao longo dos anos?
AG - Sim! Ainda que investíssemos em ações solidárias, levando para dentro da empresa a consciência de cidadania e motivando nossa equipe a atuar voluntariamente e transformando ações isoladas em atitudes de valorização do ser humano, antigamente a as ações eram pontuais. Vale citar o Dia do Voluntariado, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que participamos desde 2004. Por esse projeto já construímos e reformamos bibliotecas em comunidades em risco social.

A empresa também sempre atuou em ações socioambientais nos empreendimentos que desenvolve. Para se ter uma ideia, em 2007 a campanha de Natal do West Shopping, em Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi diferente e especial. Cupons de sorteio de um carro zero foram trocados por doações de roupas e alimentos não-perecíveis. Com a ação, o shopping arrecadou quatro toneladas de doações que foram encaminhadas a instituições sociais da cidade.

Creio que ações como essa são importantes, porque muitas vezes as pessoas querem ajudar ao próximo, mas não sabem como. Quando uma empresa se propõe a ser esse canal de ajuda ao próximo, isso estimula o cidadão comum a fazer parte de algo maior, que colabore com o desenvolvimento social. Essa e outras ações em anos anteriores foram os primeiros passos para que a empresa investisse de uma forma mais ampla e efetiva numa política formal de sustentabilidade.

4) RS – A senhora poderia detalhar quais os principais investimentos feitos em ações socioambientais e qual o orçamento para este ano?
AG - Como as ações estão dentro dos nossos projetos de shoppings, bem como nas campanhas Garden e na estratégia de comunicação com a comunidade, não saberia especificar aqui o investimento financeiro. Este ano é o primeiro que estamos transformando todas estas ações que sempre fizeram parte de nossa história em dados para que em nosso planejamento 2012 possamos refletir de forma completa o conceito Garden.

5) RS – Na sua avaliação, qual o retorno que a organização tem atuando de maneira socialmente responsável?
AG - Mais do que o retorno, temos que pensar em nosso papel como ser humano. As ações socialmente responsáveis não são uma escolha das empresas, mas sim uma obrigação. É importante destacar que essas iniciativas começam desde atitudes simples, baseadas em valores éticos e na busca constante por um ambiente de trabalho que estimule a qualidade de vida, a transparência entre parceiros, sócios e clientes; o respeito às leis, ao meio ambiente, entre outras. O retorno é apenas uma conseqüência.

6) RS - Qual o impacto das ações de sustentabilidade para o consumidor? Na sua avaliação, os consumidores têm o poder de mudar a postura das empresas?
AG- O impacto é grande. Os consumidores estão mais preocupados em consumir ou utilizar os serviços de empresas que prezam pela sustentabilidade. Na nossa área, por exemplo, o consumidor busca um centro de compras com qualidade e comodidade, mas que também esteja preocupado com uso racional de recursos naturais como água e energia.

O consumidor brasileiro cada dia mais valoriza as ações que tenham impacto no ambiente e na vida deles, direta ou indiretamente. Esse posicionamento será cada vez mais forte nos próximos anos. Um grande exemplo é o das nossas crianças e adolescentes. Eles estudam ativamente os assuntos ambientais nas escolas e grande parte já sabe mais sobre os temas sustentáveis do que os próprios pais. Eles estão sendo preparados para mudar o planeta e já têm grande influência em toda a família. Imagina o poder dessas crianças e adolescentes para influenciar ainda mais a postura das empresas agora e no futuro?

7) RS – De que forma os shoppings centers têm trabalhado para aliar crescimento econômico e consumo sustentável?
AG - Investindo na construção de empreendimentos “verdes”, ou seja, buscando alternativas de tornar sustentáveis as construções do empreendimento, sua arquitetura e, claro, sua operação diária. Fazemos isso optando por um projeto arquitetônico que favoreça a iluminação natural, durante o dia, reuso de água, além de sistemas alternativos para o uso da energia, um dos principais gastos dos centros de compras.

Outra maneira eficaz é pensar em soluções práticas que poderão minimizar os impactos, como, por exemplo, realizar parcerias com cooperativas de catadores para separar e reciclar o lixo do empreendimento. Se a sustentabilidade nortear as ações e estratégias dos shoppings centers as soluções e alternativas serão muitas.

8) RS - O que é, na sua opinião, responsabilidade social, econômica e ambiental?
AG - Responsabilidade social, econômica e ambiental são três conceitos que estão intimamente ligados. Na verdade, uma não existe sem a outra. Não é, simplesmente, um conceito empresarial. É a visão da empresa em todos os seus negócios e relações baseado na ética com seus stakeholders, transparência e promoção de ações que impulsionem o desenvolvimento sustentável, respeitando e preservando os recursos ambientais e minimizando os impactos causados pela sua instituição. De forma objetiva, é compreender que toda instituição também tem o papel de construir uma sociedade justa, igualitária e sustentável e, assim, fazer com que essa máxima vire ação.


Cynthia Ribeiro

Fonte: http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php?id=1315