quinta-feira, 7 de julho de 2011

Reverse receberá o Mérito Ambiental Henrique Luiz Roessler

O Prêmio Mérito Ambiental Henrique Luiz Roessler da Revista Ecologia e Meio Ambiente RS, é entregue em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM) e da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS). 

O troféu visa agraciar organizações que em suas gestões estabelecem condutas ambientalmente responsáveis e, acima de tudo, as colocam em prática. Intrínseco ao negócio da Reverse está a redução da necessidade de extração de recursos naturais do meio ambiente, através do encaminhamento à industrias específicas, dos diversos resíduos oriundos de equipamentos de informática e telefonia.
 

Única empresa do sul do país, a trabalhar com resíduos tecnológicos, certificada ISO 14001, a Reverse recebe este reconhecimento “como um grande incentivo ao trabalho sério e focado na esfera ambiental e social”, conforme André Senger, diretor da empresa.

A entrega do prêmio será feita no dia 09 de agosto, no Clube Farrapos em Porto Alegre, durante o 15º Encontro Anual do CONDIMMA - Conselho dos Dirigentes Municipais de Meio Ambiente e 2º ECOMMA/RS - Encontro dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente do RS.

Além da Reverse, receberão o mérito: Braskem, Banrisul, Randon S.A., Borrachas Vipal S.A., Sulgás entre outras.


Clique aqui e conheça mais sobre a Reverse no site.


terça-feira, 5 de julho de 2011

Inscrições abertas para o edital Programa Parcerias em Ação

O Grupo Santander Brasil lançou o segundo edital para o Programa Parcerias em Ação. Visando selecionar organizações sociais sediadas no Brasil que executem projetos de apoio a microempreendimentos e grupos comunitários de produção liderados e formados por mulheres de baixa renda, a iniciativa garante aos selecionados o financiamento de até R$40 mil.

O programa é realizado pelo Santander em parceria com a Aliança Empreendedora. O programa vai selecionar cinco organizações, que receberão apoio financeiro e metodológico para a ampliação e a efetividade de suas ações, além da capacitação de seus membros. O prêmio deverá ser utilizado para a execução da iniciativa num período de até 12 meses. O processo seletivo será realizado por uma comissão formada por membros das duas corporações parceiras, em três etapas: pré-qualificação, entrevista e visita in loco. O resultado final será divulgado no próximo dia 16/9.

Podem se inscrever as organizações sem fins lucrativos e sejam formais, sediadas em qualquer município do território nacional – tendo como foco de atuação o apoio a ações de empreendedorismo feminino comunitário e geração de trabalho e renda. Tais entidades devem submeter seus projetos conforme o conteúdo do edital, disponível no site do programa. As inscrições podem ser feitas até as 23h do dia 20/8.

O primeiro edital do programa foi lançado em agosto de 2009 e selecionou outras cinco instituições: Fundação Brasil Cidadão (Ceará), Fundação APAEB (Bahia), Instituto de Desenvolvimento do Artesanato Maranhense (Maranhão), AVESOL (Rio Grande do Sul) e Associação de pescadores no Espírito Santo (APESP) – que envolvidas com grupos produtivos, otimizaram as ações e ampliaram seus grupos de negócio.

Serviço:
Site do programa: www.parceirasemacao.org.br

Brasil deve fortalecer mecanismos de incentivo à preservação ambiental

Rodrigo Zavala*

O que falta ao Brasil para implementar de forma efetiva e nacional mecanismos de incentivo de preservação ambiental como o REDD, sigla para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação? Mais do que isso, como os investimentos sociais voltados ao benefício público podem colaborar para o fortalecimento dessas iniciativas?

Esses foram os pontos bases do Painel Temático em Meio Ambiente “REDD – Uma estratégia de Investimento Social Privado”, realizado no último dia 29 de junho no Rio de Janeiro. Apoiado pela Fundação Vale e o Fundo Vale, o evento apresentou aos 60 participantes, todos eles lideranças de organizações ambientais, um panorama e casos efetivos de implantação da estratégia no Brasil e os seus principais desafios.

“Como implica num novo modelo de investimento em meio ambiente, REDD é muito importante para que os investidores sociais conheçam e promovam esta alternativa de contribuição para uma sociedade mais sustentável”, afirmou o secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti. Segundo ele, como esses investidores podem arriscar mais na busca por inovação, eles podem ser o polos de referência para as iniciativas do setor privado e governamental.

Como funciona o REDD?
Existem algumas propostas de como o REDD deve funcionar no que tange processos e financiamento. A primeira é como mecanismo de mercado, em que
países que reduzirem o desmatamento ganhariam créditos pela diminuição do nível de emissão de carbono, que seriam então vendidos nos mercados internacionais de carbono.

Por outro lado há os fundos governamentais, criados a partir de verbas internacionais, muito semelhantes aos programas de ajuda oficial. Um exemplo é o Fundo para a Amazônia, criado pelo Brasil com o qual a Noruega prometeu colaborou com US$ 1 bilhão até 2015. Segundo a chefe do Departamento de Gestão do Fundo Amazônia/Defam – BNDES, Claudia Soares Costa, o fundo busca captar recursos de doações voluntárias para aplicação em projetos de prevenção, controle e monitoramento do desmatamento bem como para a promoção da conservação e do uso sustentável da biodiversidade. (veja apresentação)

Outra forma pensada para o funcionamento de mecanismo é justamente uma combinação dessas propostas. No entanto, nas negociações ainda se debate se os projetos REDD deveriam ser administrados e financiados num nível nacional ou 'sub-nacional'.

Exemplo
Mas como garantir que esses recursos sejam passados para as populações que vivem nessa região e impeçam seu desmatamento. Um dos exemplos vem do Amazonas. Implementado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) o projeto REDD da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma contem o desmatamento e suas respectivas emissões de gases de efeito estufa em uma área (589.612 hectares de floresta amazônica) sujeita à grande pressão de uso da terra.

O projeto terá duração até 2050, até quando se espera gerar cerca de 189.767.027 toneladas de créditos de CO2e.(considerando apenas as áreas de creditação do projeto). Para o primeiro período de creditação (2006-2016), este valor é de 3.6 milhões de CO2e.

Para isso, a Fundação e o Governo do Amazonas implementaram medidas para o controle e monitoramento do desmatamento dentro dos limites do projeto, além de reforçar o cumprimento das leis. Somado a isso, há a expectativa de melhorar as condições de vida das comunidades locais, promover o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis e fomentar atividades de pesquisa e conservação da biodiversidade nos ecossistemas dentro e fora da Reserva.

“O setor privado, por meio de seus institutos e fundações, pode dar exemplo, até para ser um balizador de políticas públicas”, afirmou o superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgilio Viana, depois de apresentar os resultados do projeto (veja apresentação).
“O investimento em carboneutralização que pode ser facilmente vendido às empresas, sendo considerado um primeiro passo em um programa ambiental. Um embrião para um mercado nacional de REDD”, explicou Fernando Rossetti. 

Problemas
O aparente sucesso de iniciativas como a da FAS não demonstram quão espinhoso é o contexto para sua implementação. Para os especialistas convidados pelo GIFE, o Brasil não conseguiu avançar nesta agenda por razões que vão desde a pouca influência política das organizações sociais e falta de investimento do setor privado, à refratária disposição dos governos em discutir o assunto. 

Mas não é só isso. Entre as ameaças identificadas para se investir em REDD encontram-se a indefinição do marco regulatório sobre o tema, a desarticulação de financiadores, a desinformação sobre o mecanismo, a baixa capacidade institucional de comunidades, a falta de uma regularização fundiária e os poucos recursos destinado para possíveis experiências.

Some-se a esses pontos o fato que o REDD é uma janela de oportunidades, mas ele deve ser visto como apenas uma das dimensões de uma política ambiental e econômica. Para os participantes, como o coordenador do Programa de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental, Marcio Santilli, o Brasil não possui um mercado carbono (alguns participantes chegaram a dizer que o mercado voluntário de carbono no país é “ridículo”) ou mesmo investimentos em projetos de mudança de matriz energética.

“E essa janela de oportunidades só ficará aberta se nós tivermos uma postura pró ativa frente a isso. Não podemos esperar resoluções da ONU ou mesmo do Governo Federal isoladamente. As empresas brasileiras devem dar o primeiro passo”, argumentou. 

Para o diretor executivo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Paulo Moutinho, existe um grande risco quando não se há uma regulação ou mesmo uma estratégia nacional de REDD. “O que existe no Brasil é o que chamamos de REDD catapora, em que várias iniciativas pilotos pipocam pelo território, funcionando com logica diferentes”. Sem uma estratégia clara e nacional, essas iniciativas podem definhar.

Moutinho acredita que é imprescindível (e urgente), promover a conservação florestal, dar um uso sustentável a floresta, fomentar o comércio de serviços ambientais e REDD e abrir espaço para uma economia de baixo carbono, especialmente, no meio rural-agrícola. “Impedir o desmatamento é insuficiente”. (veja apresentação)

A coordenadora adjunta Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces), Raquel Biderman, também convidada especial do Painel temático fez coro aos colegas e defendeu também o registro público nacional sobre emissões de carbono. "Chegou o momento de agir nacionalmente, em vez de esperar pela morosidade das decisões de organizações multilaterais”. (veja apresentação)

Segundo o superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgilio Viana, “o REDD representa a mais promissora oportunidade de valorização da floresta em pé. Por outro lado, a principal deficiência do atual projeto do Código Florestal são instrumentos econômicos, como REDD, capazes de promover a valorização econômica das florestas”.

No entanto, não se trata apenas de pessimismo. Os participantes do Painel foram convidados também a levantar as forças que os investidores sociais podem agregar ao movimento pró-incentivos à preservação ambiental. A começar pela articulação intersetorial, estímulo e fortalecimento à transparência das ações, na agilidade de fazer recursos chegarem a determinado programa, monitoramento e avaliação, além da expertise no trabalho de desenvolvimento comunitário.

Em tempo
Um estudo coordenado pelo Centro para o Monitoramento da Conservação Mundial do Programa da ONU para o Meio Ambiente revela que, numa lista de nove países, o Brasil é o que menos investe na preservação de cada hectare de suas florestas.

Enquanto o Brasil desembolsa, em média, R$ 4,43 por cada hectare de suas unidades de conservação, na Argentina o índice é cinco vezes maior (R$ 21,37), no México, nove vezes (R$ 39,71) e, na África do Sul, 15 vezes (R$ 67,09).

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a disparidade é ainda maior se os gastos brasileiros são comparados com os de países desenvolvidos: nos Estados Unidos, país da lista que mais investe na conservação ambiental, são R$156,12 por hectare (35 vezes a mais que o Brasil) e, na Nova Zelândia, R$ 110,39. A lista, integrada também por Costa Rica, Canadá e Austrália, agrega países que, a exemplo do Brasil, têm grande parte de seus territórios ocupados por parques naturais ou índices sociais semelhantes aos brasileiros.

Fonte: http://www.gife.org.br/artigo-brasil-deve-fortalecer-mecanismos-de-incentivo-a-preservacao-ambiental-14258.asp

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Portas abertas para o etanol

Joint-venture entre Petrobras Biocombustível e BSBios deve impulsionar investimentos na cadeia de produção de bioenergia no Rio Grande do Sul

Por Andreas Müller

Com um aporte de R$ 200 milhões, a Petrobras Biocombustível adquiriu 50% do capital social da BSBios, fabricante de biodiesel com sede em Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul. O negócio expande uma parceria entre as duas empresas – que já operavam uma usina em Marialva, no Paraná. E deve representar uma mudança importante na estrutura de comando de uma das mais importantes empresas de bioenergia do sul do país. A começar pela cúpula da própria BSBios. 


A partir de agora, Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível, assume o conselho de administração da empresa – no lugar que era ocupado por Antônio Roso. Já Erasmo Carlos Battistela, atual diretor superintendente, passa a ocupar a cadeira de presidente executivo. Na prática, significa que a Petrobras Biocombustível tende a ter a palavra final na definição dos rumos estratégicos da BSBios, cabendo aos antigos proprietários a condução operacional e executiva dos negócios. Miguel Rossetto, porém, destaca que a gestão da companhia será dividida meio-a-meio. “Na verdade, estamos dando origem a uma nova empresa – uma joint-venture com gestão partilhada e a missão de colaborar para o desenvolvimento do mercado de biocombustíveis na região sul do país”, sustentou Rossetto durante um encontro com jornalistas na manhã desta segunda-feira.

A sede operacional e institucional da BSBios continuará sendo Passo Fundo. Localizada no coração de uma das mais tradicionais regiões produtoras de soja do país, a cidade tem potencial de sobra para atender os planos de expansão da companhia – que devem ser acelerados com os R$ 200 milhões da Petrobras. “Por enquanto, ainda estamos trabalhando na conclusão da parceria. Mas, até o final do ano, deveremos ter um cronograma de investimentos a serem realizados até 2014”, afirmou Rossetto, destacando que a joint-venture com a BSBios representa a “consolidação das operações da Petrobras Biocombustível na região sul do Brasil”.

Outra mudança importante diz respeito à participação do Rio Grande do Sul no mercado de bioenergia. A ideia é aproveitar a aliança com a Petrobras para expandir não só a produção de biodiesel – produzido a partir de oleaginosas como soja e canola –, mas também a de etanol. “Embora o Rio Grande do Sul não tenha tradição na produção de cana, esse negócio vai nos ajudar a desenvolver o mercado de etanol aqui. Temos um grande potencial, mas ainda esbarramos na questão logística”, explica Erasmo Battistella, presidente da BSBios. Segundo ele, hoje o Rio Grande do Sul “importa” de outros estados 98% do etanol que consome.

Fonte: http://www.amanha.com.br/negocios-do-sul-internas/42-negocios-do-sul-1/2096-portas-abertas-para-o-etanol

A verdadeira eficiência é verde

Congresso Internacional de Gestão, aberto hoje em Porto Alegre, mostra que o grande desafio das empresas é aliar qualidade com sustentabilidade

Começou hoje a 12ª edição do Congresso Internacional de Gestão, em Porto Alegre. Promovido pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), o evento ocorre juntamente com o 16° Prêmio Qualidade RS, considerado uma referência nacional no setor. A abertura do congresso contou com a presença do secretário executivo do PGQP, Luiz Pierry, que apresentou uma retrospectiva do evento e reiterou a necessidade de se criar um ambiente de negócios mais propício à inovação no Brasil.

A primeira palestra do dia, com o tema “Controle para a Competitividade”, foi realizada pelo sueco Fredrik Nilsson, professor de Administração de Empresas e Contabilidade do Departamento de Negócios da Universidade de Uppsala. Ele acredita que, para se ter um sistema de controle de produtividade bem desenvolvido, é necessário que a empresa esteja em busca de objetivos bem claros. Para isso, é preciso que se utilizem métricas não só objetivas, mas também qualitativas – especialmente as relacionadas à qualidade, produtividade, satisfação do cliente, etc.

Conforme Nilsson, a gestão da qualidade tende a se descentralizar, alcançando todos os setores da empresa. Consequentemente, o tema deve gerar maior interesse dos colaboradores, que possuem visões mais abertas e são capazes de contribuir com as estratégias propostas pelos controladores. Ele ressaltou, ainda, a importância de dividir os valores criados pela organização com os stakeholders, para que esses avaliem e transmitam a credibilidade da empresa ao mercado.

Em seguida, o indiano Hitendra Patel, diretor do Centro de Excelência em Inovação e Liderança de Cambridge, reiterou as palavras de Nilsson quanto à necessidade de criação e transmissão de valores para todos os stakeholders. Patel salientou que, para ser inovadora e sustentável, a empresa precisa pensar em soluções criativas.Sua palestra, intitulada “Inovação e Sustentabilidade Alavancando Competitividade”, teve foco no termo greenovation, valor novo para as organizações e que se consolidou nessa década. O greenovation alia as necessidades atuais com o compromisso de pensar em inovações sustentáveis para o futuro. Segundo Patel, o pensamento verde é uma tendência irrevogável. Quem quiser segui-la precisa adotar a política dos 3R’s (reciclar, renovar e reutilizar). Além disso, é preciso se certificar de que o produto é rentável e contar com líderes apaixonados, persistentes e pacientes. “O verde está acontecendo. Se você não acompanhar, ou será destruído quando essa onda passar ou ficará atrasado”, sentencia.

Patel apresentou cases de sustentabilidade que deram certo, como o carro híbrido da Toyota. Ele acredita que para ser inovador não se pode pensar a curto prazo, e que para fazer algum produto diferente é inevitável se deparar com uma posição desconfortável no mercado. 

O palestrante acredita que o Brasil está em um momento de prosperidade que favorece esse novo pensamento, mas as barreiras burocráticas ainda prejudicam um crescimento maior. Ele apontou Brasken, Gerdau e Natura como empresas que pensaram verde e inovaram no mercado brasileiro.

O 12° Congresso Internacional de Gestão do PGQP tem o tema "Competitividade Sustentável: soluções duradouras, criativas e justas" e acontece até o dia 06 de julho, na FIERGS.

Fonte: http://www.amanha.com.br/gestao-internas/50-gestao-1/2095-a-verdadeira-eficiencia-e-verde

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Inauguração Casa de Cultura e Cidadania

Na próxima quinta-feira, 7 de julho, será inaugurada na cidade de Novo Hamburgo a Casa de Cultura e Cidadania. 


Mais informações no convite eletrônico abaixo:



terça-feira, 28 de junho de 2011

Guia de Sustentabilidade ajuda a avaliar estratégias

A 12ª edição do anuário de EXAME recebe inscrições até o dia 8 de julho


São Paulo - Empresas de todo o país têm até o dia 8 de julho para participar da 12ª edição do Guia EXAME de Sustentabilidade – a maior e mais respeitada pesquisa feita no Brasil sobre práticas de responsabilidade corporativa. As companhias interessadas em fazer parte do levantamento devem se inscrever gratuitamente no site. Uma vez inscrita, a empresa terá de preencher um questionário, que soma cerca de 140 perguntas e está dividido em quatro partes. A primeira aborda questões sobre compromisso, transparência e governança corporativa. As demais tratam das dimensões econômico-financeira, social e ambiental. O prazo final para entrega das informações é dia 8 de julho. Quem formula o questionário e é também responsável pela análise das informações fornecidas pelas empresas é o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVCes), instituição que é hoje a principal referência no tema no Brasil.
O Guia EXAME de Sustentabilidade é uma publicação anual, que atrai dezenas de empresas de diferentes tamanhos e setores interessadas em ter a sua estratégia de sustentabilidade avaliada por uma instituição independente. Isso porque, todas as empresas que preenchem o questionário recebem ao final do processo um relatório de desempenho. Neles, as notas da empresa são apresentadas por dimensão, critérios e indicadores, assim como as médias de todo o universo pesquisado e também das 20 empresas-modelo. Dessa forma, o relatório é uma ótima ferramenta para avaliar a estratégia de sustentabilidade de uma companhia e muitas empresas o utilizam para definir melhorias e correções de rumo. No ano passado, 200 empresas se inscreveram para participar e 143 responderam a todas as perguntas e receberam relatórios de desempenho.
O Guia ainda escolhe 20 empresas que recebem uma reportagem especial na publicação, que chega às bancas em novembro. Para que essa escolha seja feita, o GVCes analisa estatisticamente todas as respostas das participantes de modo a excluir empresas com os piores desempenhos em qualquer das dimensões do questionário. Com base nessa análise, um grupo de cerca de 40 empresas é selecionado e submetido à decisão de um conselho deliberativo independente – formado por especialistas em sustentabilidade – que elege as 20 empresas-modelo. Em 2010, fora escolhidas como empresas-modelo as seguintes participantes: Alcoa, Amanco Brasil, Anglo American, Bradesco, Braskem, Bunge Brasil, CPFL Energia, EDP, Fibria, HSBC, Itaú Unibanco, Masisa, Natura, Philips, Promon, Santander, Suzano, Unilever Brasil, Walmart Brasil e Whirlpool.
Dúvidas sobre o Guia EXAME de Sustentabilidade 2011 podem ser encaminhadas para o e-mail da publicação.

Ana Luiza Herzog

Fonte: Exame.com

Quase 40% das empresas globais não têm planos de sustentabilidade

Segundo levantamento da KPMG, falta de financiamento e de marcos regulatórios são obstáculos para o avanço do setor nas companhias


São Paulo - Apesar das preocupações ambientais crescentes em todo o mundo, a sustentabilidade ainda é um “ponto cego” no planejamento de muitas empresas. Segundo levantamento da área de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da consultoria KPMG, 38% das companhias globais não adotam estratégias verdes em seus negócios.
A pesquisa “Corporate Sustainability: a progress report” - realizada com 378 executivos da alta administração de diversos setores dos EUA, Canadá, Ásia Pacífico, Europa, Oriente Médio, África e América Latina - mostrou que apenas 62% das companhias possuem alguma estratégia em funcionamento para sustentabilidade corporativa, percentual ligeiramente acima dos 50% apresentados em um estudo semelhante em 2008.

Entre as empresas que não dispõem de uma estratégia, mais de 70% esperam ter uma dentro do prazo de um a cinco anos, e 25% indicaram não ter um prazo específico para tal. A pesquisa também indica três principais motivos para o lento progresso das ações verdes dentro das companhias. Primeiro, falta um conjunto de métricas e ferramentas padrão para a mensuração e análise do impacto dos programas de sustentabilidade mundo afora.
Além disso, as empresas pesquisadas reclamam da baixa disponibilidade de financiamento para projetos na área, capazes de colocar a sustentabilidade no mesmo nível de programas operacionais que têm maior retorno sobre investimento de curto prazo. Outro empecilho para a implementação de ações verdes apontado pelo relatório é a ausência de um marco regulatório internacional claro e rigoroso dentro do qual as empresas possam planejar com segurança.
Mesmo assim, pelo menos metade das empresas que têm planos de desenvolver ações na área acreditam que a implementação de programas de sustentabilidade irá contribuir de forma significativa para o resultado final, seja pela redução de custos ou pela maior rentabilidade. Destes, 40% acreditam que a sustentabilidade é uma fonte de inovação e de novos negócios.
“A maioria das empresas entende o que elas têm que fazer estrategicamente em relação à Sustentabilidade, mas essas companhias precisam de ajuda na construção de modelos estratégicos e sistemas de informação para estabelecer quão eficazes elas realmente são na redução da emissão de carbono”, diz Eduardo Cipullo, sócio responsável pela área de Sustentabilidade da KPMG no Brasil. “Uma estratégia baseada em boa mensuração e análise é fundamental para avaliar de forma eficaz a recuperação do investimento financeiro”.

Vanessa Barbosa
Fonte: Exame.com


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Valor compartilhado

Lançado em 2009, o Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado oferece assessoria e suporte financeiro de até 500.000 francos suíços, (mais de US$480.000) a um indivíduo, organização não-governamental ou pequena empresa que trabalhe no campo da nutrição, recursos hídricos ou desenvolvimento rural.

Ele é concedido em anos alternados a uma inovação ou projeto que tenha se mostrado particularmente promissor na melhoria do acesso ou gestão de recursos hídricos, no desenvolvimento da qualidade de vida de agricultores e comunidades rurais ou de melhor alimentação para comunidades que sofrem de deficiências nutricionais.

Para garantir um sucesso de longo prazo, o Vencedor recebe suporte financeiro por um certo período de tempo para poder desenvolver seu projeto ou inovação. Os candidatos podem se inscrever por conta própria ou podem ser indicados por terceiros que estão familiarizados com seu trabalho.

O Vencedor do Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado é selecionado pelo Conselho Consultivo da empresa, um painel independente de especialistas internacionais em estratégia corporativa, nutrição, recursos hídricos e desenvolvimento rural.

Apesar de os inscritos poderem ser de qualquer parte do mundo, sua iniciativa precisa ser implementada em um país em desenvolvimento e ser baseada em um modelo de negócio sustentável. Já deve ter obtido algum sucesso e deve ser considerada viável de forma mais ampla ou em outras comunidades.

O período de inscrições termina em 30 de junho de 2011. O vencedor será anunciado em 2012.

Clique aqui para acessar o site do Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado.

Seguindo rastros

A rastreabilidade é um processo que permite identificar a origem e a localização de um produto na cadeia logística. Ela é utilizada como ferramenta de controle de qualidade e gestão de risco, pois torna possível conhecer o histórico de um item, sua origem, seu uso e seu destino.

Os padrões mundiais de adoção da rastreabilidade são definidos pela norma ISO 22005, parte da ISO 22000, referente aos Sistemas de Gestão de Segurança de Alimentos. A implementação da rastreabilidade já é obrigatória para a indústria alimentícia européia e foi oficializada pelo Regulamento Europeu 178, publicado em 2002.

No Brasil, o setor de carne bovina e de búfalos também possui uma norma legislativa, a Lei Ordinária Nº 12097, aprovada em 2009; e o setor de pesca e aquicultura possui o Decreto-Lei nº 134/2002. O Código de Defesa do Consumidor brasileiro também obriga que os fornecedores informem os clientes e as autoridades sobre as condições dos produtos colocados no mercado.

Considerado um item importante na manutenção da segurança alimentar, os sistemas de rastreabilidade geram benefícios para os produtores. Eles facilitam o mapeamento da cadeia produtiva e logística, otimizando os custos relacionados, melhorando os mecanismos de distribuição e aumentando a transparência do processo. No caso da necessidade de um recall de um determinado produto, o sistema de rastreabilidade colabora com uma ação rápida e mais eficiente.


Uma das iniciativa bem sucedidas de rastreabilidade no Brasil é o programa Qualidade Desde a Origem da rede de supermercados do Grupo Pão de Açúcar. Reconhecido pela ANVISA, esse programa disponibiliza as informações sobre as origens dos alimentos e a rede de fornecedores na internet. São rastreados os produtos hortifruti e as carnes da marca Teaq, exclusiva do Grupo Pão de Açúcar.