segunda-feira, 13 de junho de 2011

EMISSÕES DE CO2 BATEM RECORDE

E limiar de perigo pode chegar em 2012

As útimas estatísticas da Agência Internacional de Energia (IEA) sobre emissões globais de CO2 são chocantes. Depois de um mergulho de emissões com a recente crise econômica, as emissões voltaram a crescer em 2010, chegando a um recorde de 30.6 gigatoneladas. Isto é apenas 1.4 gigatonelada a menos que o nível máximo anual que recomendado até 2020 para evitar perigosos efeitos da mudança do clima. Se a tendência atual persistir, este nível poderá ser ultrapassado em 2012. 

Fatih Birol, economista chefe da IEA, disse que os dados são "um aviso de alerta". Mas estas palavras parecem ter efeito cada vez mais soporífero para o público e os políticos, que demonstraram sua incapacidade de se incomodar com tais números, comenta The Lancet. A falta de uma política global efetiva e combinada não vai impedir que o aquecimento global fique na casa dos 2 graus centígrados. Neste momento, será insensato não redobrar esforços e estratégias para a adaptação à mudança do clima. 

Prever mudanças na ocorrência de doenças devidas à mudança do clima é essencial, e foi isso que fizeram a cientista Rita Reyburn e seus colegas, em estudo publicado no American Journal of Tropical Medicine and Hygiene. Os pesquisadores desenvolveram um modelo que usa variáveis do clima para prever surtos do cólera. Estes surtos devem se tornar mais frequentes com o aquecimento global, e modelos consistentes que possam embasar decisões políticas são uma ferramenta valiosa. O cólera é apenas uma das muitas doenças que terão maior ocorrência com a mudança do clima. Mas modelos acurados de previsão não valem nada por si mesmos. Os governos em todo o mundo precisam assegurar que as necessidades de saúde pública sejam atendidas, e que haja infraestrutura para o rápido uso de terapias em resposta a mudanças em doenças causadas pela alteração do clima.

Foto: Carlos Namba

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