Lajeado – As maiores organizações mundiais têm investido fortemente em ações de responsabilidade social e conseguido com isso agregar valor aos seus negócios. O capital social é aquele que, quando é gasto, mais cresce. Este foi o recado de lideranças estaduais da organização não governamental (ONG) Parceiros Voluntários (PV) que palestraram nesta terça-feira (31.05) no 3º Encontro Regional de Lideranças do Voluntariado, realizado na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Lajeado.
“Os novos tempos exigem a reinvenção do negócio, sermos capazes de enxergar quando é preciso encerrar um ciclo e começar outro em nossos negócios”, explicou o diretor executivo da ONG PV, Rogério Delanhesi. Ressaltou que o espírito do voluntariado manifesta-se quando a pessoa é capaz de abrir mão de sua rotina, do seu presente, de sua comodidade para trabalhar em prol do objetivo comum da comunidade. E isto se dá tanto em termos individuais como organizacionais.
Hermes Gazzola, vice-presidente voluntários da Rede PV, informou que o objetivo dos encontros é consolidar e aumentar a atuação da entidade, desenvolvendo cada vez mais o “Rio Grande do Sul com atitude voluntária”. Expôs números em termos estaduais, onde há 37 municípios com unidades da PV inativas. Em contrapartida, há 50 entidades ativas e com trabalho elogiável. O vice-presidente destacou a importância do envolvimento de associações e CDL’s. “A PV quer ser o braço social das entidades”, afirmou. “Mas, para isso, a PV tem que estar mais presente na pauta diária ou semanal dos presidentes e lideranças empresariais”, alertou Gazzola. Enfatizando a importância do planejamento na área do voluntariado, reforçou a necessidade do estabelecimento de metas. Os principais objetivos são a ampliação do número de empresas cadastradas (voluntários pessoas jurídicas), voluntários pessoas físicas, escolas e organizações sociais.
O encontro foi coordenado pelos empresários Célia Paz, presidente da CDL Lajeado, e Gilberto Soares, vice-presidente de Responsabilidade Social da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), entidades que mantêm a unidade da PV Lajeado. Participaram do debate lideranças de Estrela, Arroio do Meio, Encantado, Santa Cruz do Sul e Teutônia. Da PV estadual, participaram ainda os coordenadores de Rede Paulo Belegante e Tadeu Stoduto.
Não existe empresa rica em comunidade pobre
Soares destacou a importância de o empresário ter a visão do que pode acontecer em termos de benefício com a atuação voluntária de sua empresa. Citou, como exemplo, os casos da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo, Bebidas Fruki, Docile e Grupo Scapini, organizações líderes e que servem de modelo às demais.
Enfatizou que não existe empresa rica em comunidade pobre. E esta riqueza não é só física, mas espiritual. A atuação da empresa é que pode mudar esta realidade, envolvendo toda a comunidade. O vice-presidente da Acil finalizou destacando o espírito do associativismo e voluntariado que impregnam a cultura dos povos que colonizaram o Vale do Taquari e que fazem a diferença quando se fala em atuação socialmente responsável.
Texto: Simone Rockenbach Kamphorst e Antonio Juarez M. C. da Silva
Fonte: http://www.parceirosvoluntarios.org.br/Componentes/Imprensa/noticias.asp?txNot=1109
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